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Quarta - 11 de Setembro de 2024 às 18:42
Por: Allan Mesquita/Gazeta Digital

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O governador Mauro Mendes (União) afirmou que a insatisfação social com a política do país faz a população eleger “malucos”. A declaração foi dada durante bate-papo do Bradesco Agrosummit, nesta quarta-feira (11), quando o chefe do Executivo falava da crise entre o governo e Congresso Nacional.


Sem citar diretamente candidatos, o gestor exemplificou que o descontentamento faz com que a população escolha representantes que surgem por meio de “fenômenos” ou se popularizem com “frases de efeitos”.


“Olha o que está acontecendo na cidade de São Paulo. Fenômenos já aconteceram e vão continuar acontecendo. Eu entendo que isso é uma reação da sociedade, que, diante de tanta sandice e maluquice, acaba escolhendo um maluco também. Acabam escolhendo alguém que fale uma frase de efeito, que faz sentido na cabeça dele, e aí, de maneira muito irresponsável, escolhemos os líderes para o país, cidade e Estado”, argumentou.


No evento, o Mendes comentou sobre os atritos entre Executivo e Legislativo, o que atribuiu à perda de autonomia do governo sobre o orçamento.


Isso porque a cada ano o Congresso Nacional vem ganhado mais poder sobre o controle das emendas parlamentares, que é a principal moeda de troca para o Executivo negociar a aprovação de pautas de interesse para administração. Com essas emendas, senadores e deputados aplicam os recursos em obras, projetos ou prioridades de seus polos eleitorais.
Parte da gestão dessas emendas foram ampliadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o chamado “orçamento secreto”, em um movimento contínuo com as gestões passadas.


“Houve uma grande mudança desde o último mandato com essa política que o ex-presidente fez e, a meu ver, trouxe consequências muito nefastas para o país. O Brasil perdeu muito, isso está se espalhando por todas as Assembleias Legislativas, Estados, Câmeras de Vereadores e prefeitos que ficaram sem R$ 1 para investir. O parlamento municipal foi lá e falou 'quero 2% do orçamento pra distribuir' e o prefeito ficou sem dinheiro para pagar a folha salarial”, disse.


Mendes afirmou que a situação tem gerado um efeito cascata em Estados e municípios. “Esse modelo está errado, isso criou um problema político pro governo Federal. No meu gabinete, tem deputado que esse ano nem entrou, porque também tem emenda impositiva lá no Mato Grosso. É um modelo perverso, que desperdiça dinheiro público e não aplica de forma eficiente”, acrescentou.





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