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Segunda - 18 de Novembro de 2024 às 10:15
Por: Eduardo Gomes/Diário de Cuiabá

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Para 2026, que no calendário político está em curso, muito embora o número de cadeiras suba para 27, não haverá refresco para o continuísmo
Para 2026, que no calendário político está em curso, muito embora o número de cadeiras suba para 27, não haverá refresco para o continuísmo

Mato Grosso tem tradição em reeleger deputado estadual. As legislaturas pouco se renovam.

Em 2022, foram reeleitos 18 dos 24 parlamentares, considerando-se dois que não cumpriram toda a legislatura.

Para 2026, que no calendário político está em curso, muito embora o número de cadeiras suba para 27, não haverá refresco para o continuísmo, por conta de lideranças municipais e estaduais que entrarão na disputa, e o fator que mais preocupa os deputados é a entrada em cena de prefeitos ora no exercício.

Em 2022, foram reeleitos Dr. Eugênio e Max Russi (PSB), Sebastião Rezende, Eduardo Botelho e Dilmar Dal'Bosco (União), Thiago Silva, Dr. João e Janaína Riva (MDB), Lúdio Cabral e Valdir Barranco (PT), Carlos Avalone (PSDB), Gilberto Cattani e Elizeu Nascimento (PL), Nininho e Wilson Santos (PSD), Paulo Araújo (PP), Faissal Calil (Cidadania) e Valmir Moretto (Republicanos).

Cattani era suplente e chegou ao cargo com a morte de Sílvio Fávero (PL), vítima da Covid-19.

Avalone que era suplente e ganhou titularidade com a nomeação de Guilherme Maluf (PSDB) para o Tribunal de Contas do Estado.

Na Assembleia, todos sabem a influência da base eleitoral que se adquire na prefeitura para se eleger deputado.

A legislatura em curso tem em sua composição os ex-prefeitos Nininho (Itiquira, três mandatos), Wilson Santos (Cuiabá, dois mandatos), Max Russi (Jaciara, dois mandatos), Valmir Moretto (Nova Lacerda, dois mandatos), Júlio Campos (Várzea Grande) e Valdir Barranco (Nova Bandeirantes).

Prefeitos em término de mandato em importantes municípios deverão disputar a Assembleia, além de outros, reeleitos em outubro, que poderão renunciar ao cargo de olho em mandato de deputado.

Desse grupo fazem parte:

Emanuel Pinheiro (MDB) - Prefeito em segundo mandato de Cuiabá, e pai do deputado federal reeleito Emanuel Pinheiro (MDB).

O prefeito deverá fazer uma dobradinha familiar com o filho, e ambos têm liderança na Capital e nos demais municípios do Vale do Rio Cuiabá.

O pai foi vereador e deputado estadual.

Kalil Baracat (MDB) – Em Várzea Grande, Kalil disputou a reeleição sendo derrotado, mas é considerado nome forte para disputa proporcional, não somente por sua liderança em seu município, mas pelo significado de seu nome junto ao eleitorado cuiabano e de outros municípios.

Kalil foi vereador e tem berço político: é neto da ex-deputada estadual e ex-prefeita Sarita Baracat, e filho do ex-vice-prefeito e ex-deputado estadual Nico Baracat.

Zé Carlos do Pátio (PSB) - Chega ao fim o segundo mandato consecutivo de Zé do Pátio, na Prefeitura de Rondonópolis.

Zé do Pátio não conseguiu eleger seu sucessor, Paulo José (PSB), mas é apontado entre os principais líderes nos municípios.

O prefeito rondonopolitano exerce o terceiro mandato alternado na prefeitura, foi vereador e deputado estadual.

Ari Lafin (PSDB) – Prefeito que chega ao final do segundo mandato, Ari Lafin administra Sorriso, município que é o maior produtor mundial de grãos e fibras.

Lafin, antes mesmo das eleições de outubro, já admitia que gostaria de ser candidato a deputado estadual.

Léo Bortolin (MDB) - Prefeito no segundo mandato consecutivo em Primavera do Leste, Léo Bortolin não conseguiu eleger o sucessor, o vice-prefeito Ademir Góes (União).

Presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin tem impedimento para disputar a eleição em 2026, mas pode recorrer do mesmo: em 18 de outubro, foi condenado pelo juiz da 40ª Zona Eleitoral, Roger Augusto Bim Donega, à perda dos direitos políticos por oito anos, por promoção pessoal em evento custeado pela prefeitura.

Alcindo Barcelos (Republicanos) - De Pontes e Lacerda, Barcelos cumpre o segundo mandato e anunciou que pretende se candidatar a deputado estadual.

Barcelos é o mais polêmico prefeito mato-grossense, seu município é o segundo maior na faixa de fronteira, e Pontes e Lacerda é o domicílio eleitoral do deputado Valmir Moretto.

Carlos Sirena (PL) - De Juara, cumpre o segundo mandato de prefeito e seu nome é citado para representar o Vale do Arinos na Assembleia.

Sirena integra o grupo bolsonarista.

Fernando Gorgen (União) – Colecionador de mandatos de prefeito de Querência, Gorgen transferirá a prefeitura em janeiro para Gilmar Wentz (PRD) e seu nome é citado para deputado estadual.

Sua base eleitoral é o Norte do Vale do Araguaia, formado pelo seu e os municípios de Vila Rica, Santa Terezinha, Confresa, Porto Alegre do Norte, Canabrava do Norte, São José do Xingu e Santa Cruz do Xingu.

Gorgen é empresário do agronegócio.

Nelson Paim (PSD) – Prefeito cumprindo o segundo mandato consecutivo em Poxoréu, o empresário e piloto civil Nelson Antônio Paim sonha, 25 horas por dia, em ser deputado estadual.

Andreia Wagner (PSB) - Prefeita reeleita de Jaciara e casada com o deputado estadual Max Russi (PSB), Andreia deverá renunciar ao cargo para se candidatar a deputada estadual.

Max é apontado como nome para vice-governador ou deputado federal, e ainda para ser nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Jaciara, o município de Andreia, situa-se no Vale do São Lourenço, principal base eleitoral de Max.

Ainda na região, Alexandre Russi (PL), prefeito eleito de Juscimeira, é irmão de Max; Eduardo Português (PSB), prefeito de São Pedro da Cipa, foi vice-prefeito de Alexandre Russi em dois mandatos em São Pedro da Cipa.





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