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Terça - 26 de Novembro de 2024 às 15:50
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Em nível nacional, o índice de mulheres que declararam ter sofrido algum tipo de agressão é de 30%
Em nível nacional, o índice de mulheres que declararam ter sofrido algum tipo de agressão é de 30%

Em Mato Grosso, 32% das mulheres já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por homem e vivenciaram a primeira agressão ainda muito jovem.

É o que revela a 10ª edição Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, desenvolvida Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência da Casa.

Em todo país, foram entrevistadas 21.787 brasileiras, com 16 anos ou mais, por telefone, entre os dias 21 de agosto e 25 de setembro de 2023. Do total, 808 residiam no Estado.

Os dados foram divulgados pela Procuradoria da Mulher do Senado no último dia 21 em referência ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres (25 de novembro).

O levantamento é dividido em duas partes, sendo a primeira sobre percepção e engloba temas como machismo, respeito à mulher, grau de conhecimento sobre os instrumentos de proteção às mulheres, entre outros; e a segunda contempla a vivência das brasileiras em relação à violência doméstica

Em nível nacional, o índice de mulheres que declararam ter sofrido algum tipo de agressão é de 30%.

Entre os estados, o Rio de Janeiro (36%), de Rondônia (37%) e do Amazonas (38%) observam-se os maiores índices. Já os menores percentuais são verificados em Sergipe (26%), Maranhão e Piauí, ambos com 25%.

Contudo, conforme o relatório, em geral, o patamar permanece o mesmo, considerando as margens de erro. Isso por que ao comparar os dados estaduais, a análise leva em consideração as margens de erro, calculadas com nível de confiança de 95%.

“Dessa forma, para afirmar que um estado tem um índice maior ou menor em relação ao restante do país, deve-se verificar se não há sobreposição de valores”.

“O levantamento mostra que boa parte das vítimas do Estado de Mato Grosso, a exemplo do que ocorre no Brasil, vivencia a primeira agressão ainda muito jovem.

Para 32%, a primeira ocorrência se deu quando tinham até 19 anos de idade”, traz o documento. Dentre elas, 20% sofreram violência no período de 12 meses.

Em relação ao tipo de violência sofrida, a mais recorrente é a psicológica, declarada por 91% das mato-grossenses, seguida pelas violências moral (84%) e física (78%).

Entre as agredidas, 27% buscaram algum tipo de assistência à saúde e 85% afirmaram não conviver mais com a pessoa que as agrediu.

Também 66% afirmam que uma amiga, familiar ou conhecida já sofreu algum tipo de violência doméstica ou familiar.

Os tipos de violência sofridos pela pessoa conhecida são dos mais variados, sendo as mais recorrentes a violência psicológica (90%), a física (88%) e a moral (84%).

Entre outros dados, o estudo revela que 52% das mato-grossenses consideram que as mulheres às vezes são tratadas com respeito no Brasil; 61% consideram o país muito machista (61%); 65% das entrevistadas conhecem pouco sobre a Lei Maria da Penha e, na percepção de 48% delas, a lei protege apenas em parte as mulheres contra a violência doméstica e familiar.

Já para 95% delas, o serviço de proteção mais conhecido são os prestados pela delegacia da mulher e 70% das mulheres mato-grossenses afirmam conhecer pouco sobre medida protetiva.





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