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Policia MT
Terça - 17 de Dezembro de 2024 às 10:13
Por: Alecy Alves/Diário de Cuiabá

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A Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), alerta que, nessa época do ano, período de festas natalinas, a atenção contra os golpes precisa ser redobrada.
A Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), alerta que, nessa época do ano, período de festas natalinas, a atenção contra os golpes precisa ser redobrada.

Neste ano, os índices de golpes registrados pela Polícia estão batendo o recorde em Mato Grosso.

Entre janeiro e novembro, 22.112 pessoas perderam dinheiro ou bens para estelionatários, nas mais diversas modalidades de trapaças.

Esse número representa uma média de 2.009 ocorrências ao mês. Ou, esmiuçando mais, 70 ao dia.

Se quer saber de forma ainda mais detalhada, significa que, por hora, quatro mato-grossenses são trapaceados e procuram unidades policiais para registrar prejuízo e pedir ajuda.

Em 2023, no mesmo período, de janeiro a novembro, 18.998 pessoas registraram queixas.

Comparado à 2024, são 16% a menos, conforme análise de dados do Observatório de Segurança Pública (OBS-Sesp-MT).

Os golpes mais são aplicados em compras eletrônicas e redes sociais, como o aplicativo whatsapp.

Essas modalidades de estelionato somam 52%, quase 12 mil golpes, são os meios mais usados pelos golpistas para fazer suas vítimas.

Clonagem de cartões, falsa central de compras e envio de links que geram pagamentos falsos também aparecem em destaque nas estatísticas, com 11% das ocorrências.

As cinco cidades onde os golpistas agem mais são: Cuiabá, 3.400 casos; Várzea Grande, com 1.600; Sinop, com 1.350; Rondonópolis, com 1.670, e Sorriso, com 810.

A dona de casa Ana Luiza dos Anjos Oliveira, 58 anos, foi vítima de golpe ao depositar R$ 500 para o sobrinho André.

Ela não sabia que o telefone dele havia sido clonado. André nem teve tempo de informá-la.

Quando descobriu a fraude, a tia, que também é sua madrinha, já havia concluído a transferência ao golpista.

“Iniciaram me pedindo R$ 1 mil. Eu disse ao meu afilhado que não tinha essa quantia. Baixaram para R$ 500 e eu fiz a transferência”, conta Ana Luiza.

“André nunca me pede nada, então pensei que fosse ele mesmo”, esclarece ela.

Ana Luiza diz que, depois desse golpe, se não conversar ou combinar presencialmente, ninguém verá a cor do dinheiro dela.

.O aposentado Júlio José Cassemiro Ferreira, 65 anos, se diz intolerante às mensagens de tentativas de golpes que recebe diariamente.

“São links enviados por mensagem, além de telefonemas sobre compras em andamento. Não abro nenhum link e não atendo ligações suspeitas”, avisa ele.

A delegada Juliana Chiquito Palhares, titular da Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), alerta que, nessa época do ano, período de festas natalinas, a atenção contra os golpes precisa ser redobrada.

“Podemos dividir as orientações para duas formas de compras, físicas e online. Nas lojas, seja em ruas ou shopping center, nessa época do ano ocorrem aglomerações de consumidores. Então, é necessário tomar cuidado com os pertences pessoais como bolsas, sacolas, jóias, cartões", afirma.

“O cartão, nunca entregar nas mãos de pessoas e quando inseri-lo ou aproximá-lo da máquina de pagamento, é fundamental acompanhar o processo de perto, conferindo os dados e valores”, ensina ela.

“Nas compras online, que hoje todos nós realizamos bastante, tomar cuidado com os links, verificar se aquele link que você está acessando é o verdadeiro da loja”, acrescenta Juliana.

E ainda, não abrir links enviados por lojas, bancos e outros serviços informando compras em andamento e avisos que o consumidor desconhece ou considera suspeitos.

Muitas vezes, lembra ela, há links que levam para sites falsos, os quais têm a mesma aparência do site verdadeiro.

Parece a loja que o consumidor está habituado, mas não é.

Quando compra em site fake, a mercadoria não é entregue.

“Tomar cuidado também com ofertas que apresentam preços bem abaixo dos de mercado porque esses podem resultar em golpe”, avisa a titular de Repressão a Crimes Informáticos.

O uso do cartão virtual, que não contém os dados inseridos no cartão físico e é gerado para uma única compra, Juliana Chiquito avalia como uma boa alternativa de compra.





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