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Policia MT
Domingo - 09 de Março de 2025 às 09:59
Por: Silvana Ribas/Gazeta Digital

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João Vieira

istola Glock usada no assassinato do advogado Renato Gomes Nery, 72 anos, em julho de 2024, foi utilizada em outro homicídio ocorrido em Cuiabá, no ano de 2022. Neste crime, um homem foi executado em ação que aponta atuação de grupo de extermínio. Um veículo escuro, sem placas, se aproximou da vítima e os tiros foram desferidos pelo autor de dentro do carro, sem qualquer chance de defesa da vítima.

Nessa execução, a pistola Glock também estava com um adaptador, que transforma a arma em uma “metralhadora giratória”, fazendo múltiplos disparos com um alcance maior em torno do alvo principal. A arma, sem registro, possivelmente foi contrabandeada do Paraguai e pode estar ligada a outras mortes além das duas já comprovadas pela Perícia Oficial do Estado.

Ao contrário do que foi informado na edição de sexta-feira (07), essa arma não pertence às forças de segurança de Mato Grosso. Apenas as munições que foram retiradas do corpo do advogado são oriundas da Polícia Militar de Mato Grosso, em lote destinado ao Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).

Cinco policiais militares que atuavam na unidade, na época do crime, são investigados por integrarem associação criminosa constituída para planejar e executar o homicídio, ocorrido na manhã do dia 6 de julho de 2024, e tiveram decretadas suas prisões, mantidas durante audiência de custódia.

A pistola Glock com o adaptador pode disparar até 30 projéteis simultaneamente. Mesmo que o atirador mire no alvo, os projéteis se lançam em várias direções trazendo uma letalidade ainda maior ao ataque, podendo atingir vítimas próximas ao alvo. Por isso, a Glock com adaptador é de uso proibido no Brasil, em decorrência da grande letalidade. Graças a uma perícia complementar, requisitada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi possível ligar a arma usada na morte do advogado a uma ação dos policiais militares da Rotam, seis dias após a execução de Nery. Segundo o delegado Bruno Abreu, da DHPP, durante a investigação de uma ocorrência de morte por intervenção de agente do estado a pistola Glock, com o adaptador, foi entregue por quatro PMs da Rotam como sendo a arma usada por criminosos durante o confronto. Com o novo pedido de exames de balística, o resultado comprovou que os projéteis que mataram Nery foram disparos pela pistola. O delegado explica que cada arma deixa uma “assinatura” no projétil durante o disparo, que é identificada pelos peritos.





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