Abrigo clandestino é fechado em Várzea Grande e idosos esperam novo lar
Casa Permanente Raio de Sol, que abriga de maneira clandestina 17 idosos, no bairro Ikarai, em Várzea Grande, foi interditada em sua totalidade e 4 idosos ainda aguardam encaminhamento para outro local. Inspeção da Vigilância Sanitária do município constatou que o local não apresenta padrões mínimos de estrutura e higiene. O espaço também não tem registro e autorização junto ao Conselho Municipal do Idoso e funcionava ainda sem a licença sanitária. A inspeção contou com o apoio do Conselho Municipal do Idoso e da Guarda Municipal.
Depois da interdição, a proprietária do abrigo foi autuada pelo município e responderá administrativamente. Do total de idosos abrigados, 13 voltaram para os cuidados da família e 4 ainda permanecem no espaço. Na manhã desta segunda-feira (10), equipes do Conselho Municipal do Idoso e da Secretaria de Assistência Social estiveram no local para proceder com os trâmites da transferência de 3 dos 4 idosos que serão removidos para o abrigo filantrópico São Vicente de Paula, em Várzea Grande. O outra pessoa idosa permanecerá no espaço interditado, até surgir vaga em algum abrigo institucional.
Segundo o Superintendente da Vigilância em Saúde de Várzea Grande, José Carlos, a inspeção ocorreu após uma denúncia anônima por meio de um vídeo enviado que mostrava a estrutura precária e condições insalubres de higiene. Fomos ao local e constatamos a falta de documentação, falta de profissionais capacitados, ausência de proteção no entorno de uma piscina, alimentos estragados e mal armazenados, colchão velho, fiação elétrica exposta, banheiros sem segurança, além de outros problemas que colocam em risco os idosos.
Explica ainda que essas situações caracterizam maus-tratos, porém não foi constatado nenhum tipo de fato suspeito de que os idosos sofressem violência verbal ou física. São idosos saudáveis, ninguém era debilitado e não havia lesão aparente.
Segundo José, a proprietária do estabelecimento não foi multada e a inspeção ocorre de maneira tranquila. A autuação, nesse primeiro momento, foi para estabelecer um prazo para a proprietária se regularizar e se ela se adequar poderá retomar as atividades do abrigo.
Ele esclarece ainda que diante dos fatos constatados na inspeção, o Ministério Público foi acionado pelo município e a proprietária poderá responder criminalmente.
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