Cinco dias após operação, PMs presos seguem em silêncio Os policiais foram alvos da Operação Office Crime - A Outra Face, deflagrada na semana passada
Cinco dias após a Operação Office Crime - A Outra Face, os policiais militares presos por suposto envolvimento no homicídio do advogado Renato Nery permanecem em silêncio.
A operação foi deflagrada pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) na quinta-feira (6).
Os PMs da Rotam Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins foram presos na quinta. Já o ex-Rotam, Heron Teixeira Pena Vieira, se entregou na DHPP na sexta-feira (7).
Conforme uma fonte da Polícia, todos os cinco militares, assim como o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, autor dos disparos que mataram Renato Nery, se recusaram a dar declarações durante as oitivas na delegacia, reservando-se ao direito de falar em juízo.
Eles estão presos temporariamente, sendo que o prazo de 30 dias de detenção pode ser prorrogado por mais 30 dias. Caso o delegado responsável pelo caso apresente elementos ao juízo, a medida pode ser convertida para preventiva.
Apesar do silêncio, a investigação do caso, coordenado pelo delegado Bruno Abreu, continua em curso. Os próximos passos incluem as oitivas de testemunhas e, principalmente, a busca pelo mandante do homicídio.
Nesta etapa da investigação, também será individualizado o papel de cada um dos suspeitos no crime, assim como identificar se existem outros participantes, policiais ou civis, no assassinato.
Nery foi baleado diversas vezes na cabeça, em 5 julho do ano passado, em frente a seu escritório, em Cuiabá. Ele chegou a ser internado, passou por cirurgia, mas faleceu no dia seguinte.
Comentários