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Quarta - 11 de Julho de 2012 às 10:04
Por: MARCOS CORONATO

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Nos anos 1960, o garoto Edson, em Guarantã, interior de São Paulo, tinha um ídolo: Moacir, o médico da cidade. Hoje, cinco décadas depois, o empresário Edson de Godoy Bueno comanda a Amil, uma rede de serviços médicos que fatura mais de R$ 9 bilhões por ano. O que aconteceu entre um momento e outro é o ciclo mais fundamental (e talvez o menos compreendido) para o enriquecimento de uma sociedade. Ele começa com uma vontade, passa pelo amadurecimento de uma ideia e resulta numa empresa. Se ela for bem-sucedida, florescerá ao redor de seus fundadores e atrairá novos sócios, investidores e funcionários. Essa mesma lógica se aplica tanto a uma padaria quanto a uma companhia multinacional. Na cabeça de Bueno, é bem clara a linha contínua entre a inspiração de garoto e seu trabalho atual. Muitos empreendedores, porém, perdem-se em algum ponto da trajetória – por isso, três quartos dos pequenos negócios criados no país não chegam ao quinto ano de vida.

O desvio pode surgir logo no início, quando a falta de uma grande ideia inibe a vontade de abrir o negócio próprio, ou ao longo do percurso, quando a lida diária com burocracia, contas e pequenos problemas impede o empreendedor de se concentrar no que importa: fazer a empresa melhorar e crescer. “O dia a dia do negócio tende a matar a criatividade típica do brasileiro, a fazê-lo deixar de planejar e pensar no longo prazo”, diz o economista Erik Camarano, diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC). Como um dos responsáveis pelo Prêmio MPE Brasil, o MBC avaliou mais de 400 mil pequenas e microempresas na última década, 33 mil apenas em 2011. Com base nessa experiência, Camarano percebeu que a principal característica dos negócios bem-sucedidos não é uma sacada genial, e sim a capacidade de manter a visão estratégica no futuro e de se concentrar em melhorar, pouco a pouco, o tempo todo. Como manter esse rumo, ao longo de toda a trajetória? ÉPOCA ouviu especialistas, grandes e pequenos empresários, e destilou esse percurso em quatro desafios que o novo negócio deve superar para se dar bem.






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