Paes tomou café da manhã com representantes do Sinduscon-Rio. (Foto: Beth Santos/ Divulgação)
O prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), conversou na manhã desta terça-feira com empresários e representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-Rio), na sede da instituição.
O peemedebista rebateu as críticas do procurador regional eleitoral, Maurício da Rocha Ribeiro, que o acusou de abuso de poder político e uso da máquina administrativa em benefício próprio na recepção a Seedorf, novo jogador do Botafogo, no Palácio da Cidade. "Acho que ele critica muito rápido. Ele não sabia nem o que estava acontecendo e fez um monte de adjetivação e comentários. Sou prefeito do Rio de Janeiro, quer ele goste ou não. Fui eleito em 2008 pela população e vou continuar prefeito, pelo menos até 31 de dezembro."
Paes garantiu que irá receber todas as pessoas sem distinção e que o Palácio é a casa de todos os cariocas e que as portas estarão abertas para todos. "Eu, como prefeito do Rio, não poder cumprimentar um atleta que vai até o Palácio da Cidade, é um absurdo. Não pedi voto, não fiz nada. Cumprimentei o sujeito, e a imprensa tirou fotos. Eu estava como prefeito, e o prefeito vai receber sempre todo mundo. Eu já recebi de Antonio Banderas ao 4 de julho da comemoração da Independência Americana, no Palácio. Lá é a casa dos cariocas, e ela vai continuar aberta para as pessoas. Campanha eu não posso fazer lá dentro e não faria jamais. Mas tudo tem limite. Eu não vou ficar em casa, eu sou um prefeito atuante, gosto de ir para a rua, gosto de dialogar com a cidade e vou continuar fazendo o meu papel."
Perguntado se não tinha receio de fazer reuniões com empresários da construção civil nos seus primeiros dias de campanha, após as denúncias de ligação do seu principal padrinho político, o governador Sérgio Cabral (PMDB), com o dono da Delta Construção, Fernando Cavendish, Paes foi lacônico. "Não sou comentarista da opinião dos outros, isso eu deixo para os analistas políticos."
Outra pergunta driblada por Paes foi referente ao uso de telemarketing na campanha. "Isso tem que ver com a coordenação da campanha. Essas coisas eu não sei. Eu dedico mais tempo à prefeitura do que à eleição. A campanha, estou concentrando mais no fim de semana. Durante a semana, venho a convite numa palestra aqui, por exemplo. Mas a campanha mesmo, de pedir votos e sair panfletando, é só no fim de semana. Durante a semana eu tenho muita coisa para fazer na prefeitura. Eu me dedico a ser prefeito."
O presidente do Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann, entregou para o candidato as principais propostas da instituição para o setor. Um dos pontos levantados foi o aumento do imposto sobre a transmissão de bens imóveis, o ITBI. "O cálculo que vem sendo apresentado pela secretária de fazenda para o ITBI está muito acima do valor de mercado dos imóveis. Isso precisa ser revisto, pois não está de acordo com o valor venal dos imóveis", argumentou Kauffmann.
Paes respondeu que não se trata de especulação, mas de um aquecimento que resulta do crescimento da cidade. "A melhora no mercado imobiliário é o maior sinal de que uma cidade vai bem, está crescendo e valendo. E o Rio abriu novas fronteiras nesse mercado. Então temos áreas mais nobres, que têm uma legislação muito restritiva, que aumenta o preço. Mas a melhora da cidade, a melhora na segurança, os investimentos, os BRTs, tudo isso aqueceu o mercado e gerou uma alta nos preços."
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