Seis deputados retiram assinaturas e CPI do Feminicídio cai
O requerimento de instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio, de autoria da deputada estadual Edna Sampaio (PT) afundou na Assembleia Legislativa. Apresentada para investigar ações de combate a violência contra a mulher no estado e buscas propostas para coibir os crimes, a CPI não foi aceita pela Mesa Diretora por falta de assinaturas mínimas para sua abertura. Até terça-feira (26), a proposta contava com 11 assinaturas, depois o número subiu para 13, contudo, na manhã desta quarta-feira (27), quando seria definida sua instauração, 6 deputados pediram para retirar apoio à abertura da comissão formada pela petista Edna, Janaina Riva (MDB) e Sheila Klener (PSDB).
A informação foi confirmada pela deputada Janaina Riva, poucos minutos antes de ser encerrada a sessão ordinária na Casa de Leis. Mesmo com o placar de assinatura desfavorável por ora, a deputada garante que o grupo não desistirá e tentará conquistar a última assinatura, para a abertura são necessárias 8.
“A CPI, ao que parece, não tem assinaturas necessárias para ser instalada. Havia 13 assinaturas, 6 deputados retiraram e acabaram com 7 assinaturas, por uma assinatura ainda não pode ser criada. A deputada Edna não vai desistir, a Sheila também não, e nós vamos trabalhar para conquistar uma assinatura e instalar a CPI”, disse a deputada Janaina, única mulher a ocupar uma cadeira permanente no Legislativo estadual, já que as outras duas são suplentes e cobrem licenças.
Mais uma vez, a emedebista reforçou que os trabalhos investigativos não possuem cunho político para desmobilizar o governo do Estado e, sim, para expor na mesa os trabalhos do Executivo estadual perante a sangria, que neste ano representou um aumento de mortes extraordinário.
“Queremos identificar o volume de orçamento destino a políticas de proteção, ao feminicídio e a violência contra mulher e crianças. Queremos aprofundar nesse tema, por isso a CPI seria importante. Tem caráter investigado e pode acessar documentos sigilosos e termos dimensão do tamanho do problema”, pontuou.
A informação que já ventilava nos bastidores davam conta de que o governo do Estado pressionou integrantes da base de sustentação que retirassem suas assinaturas, caso contrário sofreriam represálias, porque entendem que uma investigação poderia ser prejudicial ao governador Mauro Mendes (União).

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