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Falta estrututa básica em delegacias de Cuiabá e Várzea Grande
As duas principais delegacias da Polícia Civil de Cuiabá e Várzea Grande responsáveis por autuação de flagrantes estão abandonadas e insalubres. Um odor insuportável impregnado na estrutura física precária é o cartão de visita das unidades. Ainda há problemas graves como infiltração e falta de materiais básicos, como resmas de papel e algemas para transporte dos presos. O atendimento à população é demorado e a investigação ameaçada pelo número insuficiente de servidores. Em determinados plantões, o Centro Integrado de Segurança e Cidadania do Planalto (Cisc) tem 2 investigadores, enquanto o número mínimo recomendado é 5 vezes maior.
Em pé no corredor do Cisc, o motorista Ednaldo Inácio de Lima, 45, esperava ser chamado para testemunhar em uma ocorrência envolvendo furto à residência no bairro Areão. Eram 8h e o crime tinha ocorrido na madrugada. Às 4h ele chegou na delegacia acompanhado da Polícia Militar com o suspeito detido. Após o registro pelos soldados, que costuma ser rápido, o caso segue para a autuação ou não de flagrante de prisão do suspeito. Um procedimento é feito com tomada dos depoimentos das testemunhas, vítima e suspeito na sala dos escrivães.
Durante a madrugada de quinta-feira (5), Ednaldo foi orientado a ir para casa e voltar no início da manhã para continuar o processo. A quantidade de ocorrências frente à estrutura disponível tornou o fluxo de atendimento lento. O amanhecer com nova espera fez Ednaldo pensar em desistir de testemunhar contra o suspeito e refletir se o furto de uma caixa de cerveja dos fundos de casa seria motivo para levar o procedimento à punição.
Primeira vez do motorista em uma delegacia provocou o atraso dele para o trabalho em uma floricultura e a indignação. As melhorias são reclamadas principalmente em relação ao atendimento.
Dona de casa Raissa Souza Rodrigues, 19, acompanhava o marido, detido por suspeita de furto à caixa eletrônico. Grávida de 8 meses, a jovem encontrou copo plástico para beber água somente após pedir à equipe de conservação. No início da manhã, Raissa elogiou a limpeza dos banheiros, mas questionou a demora no atendimento e os ferimentos que o marido apresentava ao chegar na unidade. Quatro horas após a chegada à delegacia, ela ainda não sabia se o marido iria ser preso em flagrante ou não.
Em Cuiabá, a delegacia em plantão 24 horas tem paredes sujas, poucas cadeiras para as pessoas em espera, portas danificadas, móveis velhos e uma estrutura que não garante a segurança de servidores e dos usuários. O odor gerado por tênis de presos, urina e fezes nas celas atrapalha o andamento dos trabalhos.
Equipe de limpeza é formada por 4 pessoas por turno. Os trabalhadores terceirizados têm pouco material disponível e diluem aromatizantes em desinfetantes, que amenizam por pouco tempo o fedor.
Em um plantão de 12 horas, apenas 1 delegado era responsável por despacho das ocorrências e 4 escrivães com a função de registro dos depoimentos. O baixo efetivo provoca o acúmulo de trabalhos para a equipe do plantão seguinte e a consequente demora no atendimento dos usuários, principalmente em horários de pico, às 12h e das 17h às 19h.
Policiais civis trabalham tentando resolver problemas emergenciais. Os 4 investigadores disponíveis para a apuração de informações dos locais de crimes e testemunhas realizam serviços aquém da função para o qual foram contratados. A demanda por transporte de vítimas da delegacia para casa e serviços administrativos consome praticamente todo o recurso humano. Quando o prédio da delegacia de plantão era localizada na rua Miranda Reis, no Poção, um servidor lembra que haviam 12 investigadores e 2 agentes prisionais.
Geralmente com um agente por plantão responsável pelo transporte dos presos no Cisc Planalto, a segurança do ambiente é ameaçada. A entrada à cela é facilitada para fuga. Faltam algemas e constantemente policiais civis e militares emprestam o material para levar os suspeitos às unidades prisionais. Falta de divisão para atendimento de vítimas e suspeitos também é um problema que atrapalha o andamento do processos e põe em risco a segurança dos usuários.
Em pé no corredor do Cisc, o motorista Ednaldo Inácio de Lima, 45, esperava ser chamado para testemunhar em uma ocorrência envolvendo furto à residência no bairro Areão. Eram 8h e o crime tinha ocorrido na madrugada. Às 4h ele chegou na delegacia acompanhado da Polícia Militar com o suspeito detido. Após o registro pelos soldados, que costuma ser rápido, o caso segue para a autuação ou não de flagrante de prisão do suspeito. Um procedimento é feito com tomada dos depoimentos das testemunhas, vítima e suspeito na sala dos escrivães.
Durante a madrugada de quinta-feira (5), Ednaldo foi orientado a ir para casa e voltar no início da manhã para continuar o processo. A quantidade de ocorrências frente à estrutura disponível tornou o fluxo de atendimento lento. O amanhecer com nova espera fez Ednaldo pensar em desistir de testemunhar contra o suspeito e refletir se o furto de uma caixa de cerveja dos fundos de casa seria motivo para levar o procedimento à punição.
Primeira vez do motorista em uma delegacia provocou o atraso dele para o trabalho em uma floricultura e a indignação. As melhorias são reclamadas principalmente em relação ao atendimento.
Dona de casa Raissa Souza Rodrigues, 19, acompanhava o marido, detido por suspeita de furto à caixa eletrônico. Grávida de 8 meses, a jovem encontrou copo plástico para beber água somente após pedir à equipe de conservação. No início da manhã, Raissa elogiou a limpeza dos banheiros, mas questionou a demora no atendimento e os ferimentos que o marido apresentava ao chegar na unidade. Quatro horas após a chegada à delegacia, ela ainda não sabia se o marido iria ser preso em flagrante ou não.
Em Cuiabá, a delegacia em plantão 24 horas tem paredes sujas, poucas cadeiras para as pessoas em espera, portas danificadas, móveis velhos e uma estrutura que não garante a segurança de servidores e dos usuários. O odor gerado por tênis de presos, urina e fezes nas celas atrapalha o andamento dos trabalhos.
Equipe de limpeza é formada por 4 pessoas por turno. Os trabalhadores terceirizados têm pouco material disponível e diluem aromatizantes em desinfetantes, que amenizam por pouco tempo o fedor.
Em um plantão de 12 horas, apenas 1 delegado era responsável por despacho das ocorrências e 4 escrivães com a função de registro dos depoimentos. O baixo efetivo provoca o acúmulo de trabalhos para a equipe do plantão seguinte e a consequente demora no atendimento dos usuários, principalmente em horários de pico, às 12h e das 17h às 19h.
Policiais civis trabalham tentando resolver problemas emergenciais. Os 4 investigadores disponíveis para a apuração de informações dos locais de crimes e testemunhas realizam serviços aquém da função para o qual foram contratados. A demanda por transporte de vítimas da delegacia para casa e serviços administrativos consome praticamente todo o recurso humano. Quando o prédio da delegacia de plantão era localizada na rua Miranda Reis, no Poção, um servidor lembra que haviam 12 investigadores e 2 agentes prisionais.
Geralmente com um agente por plantão responsável pelo transporte dos presos no Cisc Planalto, a segurança do ambiente é ameaçada. A entrada à cela é facilitada para fuga. Faltam algemas e constantemente policiais civis e militares emprestam o material para levar os suspeitos às unidades prisionais. Falta de divisão para atendimento de vítimas e suspeitos também é um problema que atrapalha o andamento do processos e põe em risco a segurança dos usuários.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/46939/visualizar/
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