Polícia acha fábrica que guardava bebida em tambor de químico Recipientes de Arla 32 eram usados para armazenar as bebidas; Politec analisará se há metanol

A Polícia Civil interditou, na manhã desta quarta-feira (8), uma fábrica clandestina de bebidas destiladas dentro de um bar no bairro Ouro Verde, em Várzea Grande.

Foram coletadas amostras pela Politec para análise laboratorial, para verificar se o produto está contaminado, se contém metano

A ação foi realizada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em parceria com a Vigilância Sanitária Municipal de Várzea Grande, e com apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e do Procon Estadual.

O caso foi descoberto após a Decon receber uma denúncia anônima informando que havia um bar cujo proprietário estava fabricando bebidas destiladas e armazenando a produção em tambores de 20 litros de Arla 32.

Equipes da Decon e da Vigilância Sanitária foram até o local e encontraram várias unidades de tambores com líquido e raízes “curtindo”. O proprietário do bar, de 55 anos, foi encaminhado para a Delegacia do Consumidor, onde será ouvido.

Arla 32, sigla de Agente Redutor Líquido Automotivo, é uma solução química utilizada em veículos movidos a diesel para reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), substâncias nocivas à saúde humana e ao meio ambiente.

Esta solução é composta principalmente por água desmineralizada (67,5%) e ureia de alta pureza (32,5%), daí o nome "Arla 32".

“Foram coletadas amostras pela Politec para análise laboratorial, para verificar se o produto está contaminado, se contém metanol, ou alguma outra substância tóxica", disse o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon.

"Se for constatado a falsificação ou adulteração de bebida alcoólica, o proprietário poderá responder por crime contra a saúde pública, com pena de reclusão de até oito anos de prisão e multa”, completou.