Jayme diz que PL trai Fagundes ao apoiar Pivetta em 2026
O senador Jayme Campos (União Brasil) classificou como uma “traição e falcatrua” a articulação do Partido Liberal (PL) para apoiar a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao governo de Mato Grosso em 2026. Segundo ele, o movimento foi feito sem o conhecimento do senador Wellington Fagundes (PL), que também é pré-candidato ao Palácio Paiaguás.
“Surgiu nessas últimas 72 horas a questão do PL apoiar Otaviano Pivetta. Pra mim, ele fala que não foi traição. Eu acho que foi traição, uma falcatrua, e o Wellington não estava sabendo de nada. Eu falo isso porque gosto muito dele, é meu amigo pessoal”, afirmou Jayme.
O senador ainda aconselhou o colega de parlamento a deixar o partido. “Se eu fosse ele [Wellington], caçava o caminho dele em outra agremiação partidária para se ter o mínimo de lealdade. Ele não merecia o que fizeram com ele”, completou.
A declaração ocorre em meio às movimentações do PL para consolidar o nome de Otaviano Pivetta como o principal candidato da direita em Mato Grosso, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo interlocutores do partido, o acordo inclui a futura filiação de Pivetta ao PL, alinhando o grupo liderado pelo governador Mauro Mendes (União) ao projeto bolsonarista no Estado.
Conforme noticiou o Jornal A Gazeta, Nos bastidores, a cúpula nacional do PL, comandada por Valdemar Costa Neto, avalia que Pivetta no partido ajudaria a impulsionar a candidatura do deputado federal José Medeiros ao Senado, uma das prioridades de Bolsonaro para 2026. O ex-presidente busca ampliar sua bancada na Casa para fortalecer pautas como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e uma eventual anistia.
A presença de Pivetta no Republicanos, no entanto, não garantiria essa força, já que ele não usaria o número 22, do PL. Além disso, a candidatura de Wellington Fagundes é vista por parte dos liberais como um obstáculo para Medeiros, pois poderia favorecer politicamente sua nora, a deputada estadual Janaina Riva (MDB).
Com o novo cenário, Bolsonaro teria sido convencido de que o apoio a Pivetta seria mais estratégico, o que, na avaliação de Jayme Campos, representou um golpe contra o colega de Senado

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