Estragos de chuva forte levam General Carneiro a decretar emergência Município, que há um mês enfrentava emergência por seca, agora decretou situação de emergência após vendaval que destruiu casas, prédios públicos e deixou famílias desalojadas.

Pouco mais de um mês depois de ter a situação de emergência por seca homologada pelo governo federal, o município de General Carneiro(MT) voltou a enfrentar um evento climático extremo. Desta vez, provocado por fortes chuvas acompanhadas de vendaval. A prefeitura publicou nesta terça-feira (18) o Decreto n.º 087/2025, reconhecendo situação de emergência em diversas áreas afetadas pelo temporal.

De acordo com o documento, o vendaval causou danos significativos em residências, com casas destelhadas, muros arrancados e fachadas comerciais parcialmente destruídas. Algumas famílias ficaram desalojadas e relataram a perda de móveis, eletrodomésticos e utensílios essenciais.

O impacto também atingiu a infraestrutura urbana, com queda de árvores, rompimento de cabos de energia e postes derrubados, o que deixou parte do município sem fornecimento de luz.

O decreto cita ainda uma série de prédios públicos danificados pela força do vento e da chuva. Entre eles estão o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), a Secretaria Municipal de Educação, o Centro Educacional Julia Moraes de Aquino, a Escola Municipal São João Batista, a Estação de Captação de Água do Rio Barreiro, o Hospital Municipal Juracy Moraes Aquino, a Feira do Produtor Rural Juarez Mendes Teixeira, o Estádio Municipal Jackson Luiz Rodrigues Alves, além de estruturas da Secretaria Municipal de Agricultura e do Centro de Reabilitação Juvêncio Francisco dos Santos. Até mesmo parte das moradias em construção do programa Ser Família Habitação teve danos registrados.

Com base no código de Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (COBRADE), que classifica desastres provocados por chuva com vendaval, o decreto autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais, sob coordenação da Defesa Civil, para executar ações emergenciais de resposta, assistência e reconstrução.

A gestão pode convocar voluntários, organizar campanhas de arrecadação de donativos e, em casos de risco iminente, autorizar agentes públicos a entrar em imóveis ou usar propriedades particulares para operações de socorro, garantindo indenização posterior se houver prejuízo.

O texto também permite a dispensa de licitação para contratação de serviços e obras relacionados à recuperação da cidade, desde que sejam concluídos em até um ano, conforme prevê a legislação federal para situações de emergência. O decreto tem validade de 180 dias e flexibiliza procedimentos administrativos para agilizar o atendimento às famílias e restabelecer a normalidade no município.

A prefeitura informou que equipes técnicas seguem mapeando os danos em todas as comunidades e que solicitará apoio estadual e federal para acelerar as ações de reconstrução.