Plantio da soja 2025/26 está 100% concluído em Mato Grosso Segundo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), atual safra levou 12 semanas de trabalho para ser colhida

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) confirmou na última sexta-feira (5), a conclusão da etapa de plantio da safra 2025/26 de soja, no estado. Foram doze semanas de trabalho no campo, iniciadas ainda em meados de setembro. Com isso, a nova temporada ocupa cerca de 13 milhões de hectares, pouco mais de 1,7% acima do contabilizado no ciclo anterior.

Assim como no ano passado, o número de semanas é o mesmo, no entanto, no ciclo 2024/25, a semeadura da oleaginosa começou mais cedo e também foi encerrada mais cedo, ainda na última semana de novembro de 2024.

Conforme os monitoramentos semanais do Imea, ainda na semana de 21 de novembro desse ano, o plantio da soja 2025/26 já estava concluído em três regiões: médio norte, noroeste e norte.

Na semana seguinte, finalizada em 28 de novembro, quatro regiões já haviam encarrado o plantio, incluindo agora a porção oeste. Na virada de novembro para dezembro, as plantadeiras desligaram os motores em todas as sete regiões acompanhadas pelo Instituto: centro-sul, médio norte, nordeste, noroeste, norte, oeste e sudeste.

O levantamento de safra realizado em novembro para a temporada 2025/26 apontou a manutenção dos indicadores de área, produtividade e produção de soja em Mato Grosso. A área cultivada foi mantida em 13,01 milhões de hectares e a produtividade média projetada permanece em 60,45 sacas por hectare, indicando redução inicial de 8,81% em relação à safra anterior. Com isso, a produção de soja no estado para a temporada 2025/26 foi estimada em 47,18 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 7,29% frente ao ciclo passado.

“As chuvas acumuladas durante novembro em Mato Grosso aumentaram no comparativo com outubro na maior parte do estado, o que reduziu o estresse hídrico e favoreceu o desenvolvimento das lavouras em diversas regiões. No entanto, a distribuição das precipitações ainda é um ponto de atenção, já que algumas áreas continuam recebendo volumes irregulares”, explicam os analistas do Imea.

Eles alertam ainda que foi observado um veranico em alguns pontos do estado na primeira quinzena de novembro, influenciando principalmente as lavouras precoces que estavam em R1 e R2, fases em que a falta de chuvas pode afetar o potencial produtivo das plantas. Para dezembro, a média do indicador Ensemble mean das anomalias de precipitação indica que a maior parte do estado deve registrar chuvas dentro da média histórica, o que é um sinal positivo, considerando que boa parte das áreas cultivadas estará em fases cruciais de desenvolvimento. O projeto Imea em Campo, desenvolvido em parceria com a Aprosoja-MT e o Iagro, estará em campo durante dezembro, janeiro e fevereiro, visitando as principais regiões produtoras com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da oleaginosa na temporada 2025/26.