A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO), prendeu, na manhã desta sexta-feira (6), Adriano Aprígio de Souza, ex-cunhado do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A PF suspeita que ele seja o autor de um dos e-mails de intimidação enviados à procuradora da República Léa Batista, que atua na Operação Monte Carlo.
De acordo com a investigação da PF, pelo menos um dos e-mails investigados foi enviado da própria residência do suspeito, em Anápolis, local de cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão.
O ex-cunhado é um dos indiciados na operação, por formação de quadrilha e ocultação de bens, direitos e valores. Segundo a investigação da PF, ele é o principal testa-de-ferro na organização de Cachoeira, tendo ofertado seu nome para ocultar o real patrimônio ilícito do contraventor.
O G1 tenta contato com a defesa de Adriano Aprígio de Souza.
Ameaça
Membro da equipe da Operação Monte Carlo, a procuradora Léa Batista teve a segurança reforçada após receber dois e-mails com intimidação e ameaça. A primeira mensagem, em tom ressentido, chegou ao correio eletrônico da procuradora no dia 13 de junho.
No texto, uma pessoa não identificada pergunta por que a procuradora "foi tão dura demais" com os envolvidos no esquema de Carlinhos Cachoeira. Afirma que por pouco ela não destruiu a família dele e acabou com seu trabalho lícito. Depois, diz: "Não sou burro, sei que serei identificado, mas vou provar que sou inocente, que sou trabalhador e vítima ao ser equiparado aos demais (maioria) dos denunciados".
No segundo e-mail, recebido por Léa Batista no dia 23 de junho, além de usar palavras de baixo calão, tentou intimidar a procuradora. "Ainda vamos te pegar. Cuidado, você e sua família correm perigo", escreveu o autor da mensagem.
A PF não informou qual das duas mensagens teria sido enviada pelo suspeito.
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