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Segunda - 11 de Novembro de 2013 às 16:06
Por: Katiana Pereira

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Montagem/OJ
A Décima Segunda Vara Criminal da Capital agendou para o dia 29 de janeiro de 2014 a primeira audiência de instrução do assassinato do empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, 73, que foi morto a tiros em uma agência bancária na Capital. A data foi confirmada ao Olhar Jurídico pelo advogado Flávio Bertin, que representa a família do empresário.


 
A audiência deve acontecer dois anos e meio após o crime. O empresário foi alvejado com três tiros a queima roupa, em junho de 2011, dentro da porta giratória da agência bancária do Itaú, localizada da avenida Carmindo de Campos, na região do Coxipó.


 
Os tiros foram deflagrados pelo segurança da agência, o vigilante Alexsandro Abílio de Farias, 30. O criminoso fugiu do local e confessou o crime três dias depois ao comparecer acompanhado de um advogado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 


 
Por não possuir antecedentes criminais, ter residência fixa, emprego lícito e ter fugido do flagrante, Alexsandro pode sair pela porta da frente da delegacia. Desde então ele nunca mais foi visto.
 


 
Bertin, que vai atuar como assistente de acusação do Ministério Público Estadual (MPE), lamenta a morosidade da Justiça, mas deixa claro que o caso ainda sofre reflexos da atuação da Polícia Civil.


 
“Essa morosidade é devido ao trabalho da Polícia Civil, que permitiu que esse assassino frio saísse pela porta da frente após confessar ter matado um empresário e pai de família. À época do crime, quando ele prestava depoimento e confessava o assassinato, pedimos para que o delegado o segurasse por mais umas horas na delegacia até que a Justiça decretasse a prisão preventiva do mesmo, mas como todos sabem isso não aconteceu”, comentou.


 
O advogado garantiu que irá acompanhar a audiência de pronúncia e instrução. “Vou acompanhar a audiência e ver se o advogado do réu o representa, ou se o mesmo [Alexasandro] vai comparecer. O crime está comprovado, o autor confessou e a condenação é garantida. Fato que não vai inibir o sofrimento da família, mas pelo menos deixa a sensação de Justiça. Infelizmente, com ele foragido, não sabemos se a pena vai de fato ser cumprida”, ressaltou. 


 
A denúncia 


 
O empresário, que era do dono do restaurante que leva seu nome, foi executado a tiros no dia 21 de junho de 2011, no interior da agência do Banco Itaú.  Conforme a denúncia, o vigia responderá por homicídio qualificado – recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. Pelo crime, poderá ser condenado de 14 a 16 anos. 


 
Alexsandro está foragido. Caso não seja capturado – ele está com a prisão preventiva decretada -, o processo segue normalmente.  A lei prevê que o vigia será citado por edital.


 
Adriano foi morto quando saía da agência do banco após uma discussão com Alexsandro. Este fugiu em seguida.


 
O segurança se apresentou à Polícia três dias após o crime e, como não estava com a prisão decretada, foi liberado. 


 
Ele relatou ao delegado Antônio Carlos Garcia, da DHPP, que estava sendo vítima de discriminação por parte do empresário, cliente da agência, e sempre era insultado. O motivo era a porta giratória, onde o empresário ficava retido.


 
Na saída ele teria sido insultado com adjetivos como “preguiçoso” e “preto”. Então, sacou o revólver calibre 38 usado no trabalho e atirou três vezes, atingindo o rosto e as costas do empresário, que morreu no local, antes de entrar na porta giratória.


 
O Restaurante Adriano, que pertencia ao empresário, era especializado em comida italiana, ficava na Avenida Getúlio Vargas e um dos mais tradicionais da cidade. O estabelecimento foi fechado seis meses depois do crime. 





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