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Politica MT
Domingo - 01 de Julho de 2012 às 09:06
Por: Izabela Andrade

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O lance mais espetacular da eleição de 2010 ainda não tem data e nem hora para acontecer. Talvez nem aconteça, mas os personagens já estão devidamente reunidos pelos interesses eleitorais. Na cena até então inimaginável aparecem de  um lado, o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), e de outro, o senador Pedro Taques (PDT). “Arquirivais”, acusadores, críticos um do outro,  os dois deverão estar juntos num mesmo palanque em apoio à reeleição do prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PSD).

 A forma como a política deu a volta, relaciona-se com a desistência dos pré-candidatos do PDT, os empresários Juliano Bortoloto e Fernando Mendonça. O desenrolar do cenário político no segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso, culminou no encontro de Riva e Pedro Taques . Com a homologação da aliança, eles, devem discutir políticas juntos.

Isolado, não restou alternativa ao PDT, que foi obrigado a coligar-se para dar continuidade ao projeto de reestruturação do partido no município, que hoje atua como coadjuvante sem vereadores ou secretários na gestão Zaeli.

Pedro Taques, lutou para que o partido em Várzea Grande lançasse candidatura própria, mas sem estrutura os interessados recuaram e seguem como apoiadores de Tião da Zaeli e de sua vice a professora Nicinha (PSB).  O PDT que antes tinha a possibilidade de candidatura própria definiu  apenas chapa proporcional para vereadores na cidade.

Já o PSD, que até amanhã deste sábado estava coligado com o PV e PRP. Tinha candidato, mas, não tinha vice. Depois de muito convencimento cooptaram a professora Nicinha, que até então era a candidata a prefeita, ancorada pelo deputado federal Valtenir Pereira.  Zaeli e Nicinha seguem juntos e por pouco o Movimento Mato Grosso Muito Mais, não segue fechado em Várzea Grande. PDT, PV e PSB estão com Zaeli, já o PPS optou em marchar com DEM que tem como pré-candidata Lucimar Sacre de Campos, ex-primeira-dama e esposa do senador Jayme Campos.

A possibilidade de Riva e Taques figurarem na mesma cena em um palanque pedindo votos, em verdade, dificilmente acontecerá. Os dois terão “agendas” diferentes. No entanto, de certa forma, estão juntos no mesmo projeto.  Taques, porém,  terá que achar um discurso aos eleitores,  não apenas da cidade de Várzea Grande,  como também de todo Estado para tal aliança. Riva também. 

A situação de Várzea Grande, contudo, não é a única produzida contra os discursos e práticas políticas. Em Cuiabá mesmo, Taques dividirá o palanque com Blairo Maggi e a turma do Partido da República, em apoio ao candidato Mauro Mendes, do PSB. Ex-procurador da República, o senador Taques sempre foi ácido quando se tratava do Governo de Maggi, especialmente quando se referia aos escândalos produzidos pela sigla, como a questão do maquinário superfaturado. Na época, o senador pedetista até brincou com o slogan do projeto: ao invés de MT 100% Equipado, ele dizia que era “MT 20% Roubado”.

Taques também poderá estar lado a lado com Eder Moraes, ex-secretário do Governo Maggi e Silval, um dos seus maiores desafetos políticos nos últimos tempos. Quando presidia a extinta Agecopa e depois como secretário Extraordinário para Copa do Mundo no Pantanal, a Secopa, os dois tiveram fortes entreveros. Principalmente na questão envolvendo a substituição da matriz da mobilidade urbana de Cuiabá. Taques defendia o BRT e Moraes ajudou o Governo a conduzir a troca para o VLT. Na época, Taques chegou a dizer que Moraes levaria o governador Silval Barbosa para o “banco dos réus”.






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