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Nacional
Sexta - 29 de Junho de 2012 às 16:29

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A solução para as cerca de 150 mil crianças fora das creches e a necessidade de se estabelecer um ensino de melhor qualidade, além da promoção da melhoria na remuneração dos professores, fazem da Educação um dos grandes desafios dos candidatos que pleiteiam a Prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro deste ano. Antes do início oficial da campanha, no dia 6 de julho, o assunto já provoca debates acalorados entre os concorrentes e é o segundo da série de matérias especiais que a Agência Estado está produzindo sobre os grandes temas que estarão em pauta nesta acirrada eleição municipal na capital.

 

Para deixar o debate ainda mais acalorado, o PSDB já unificou seu discurso e deixou evidente a disposição de usar a greve nas universidades federais contra o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, ex-ministro da Educação nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No front petista, a estratégia é não entrar neste debate e tentar mostrar as atuais deficiências da gestão Gilberto Kassab (PSD), aliado político do candidato tucano José Serra.

 

José Serra, que escolheu como slogan de sua campanha a frase "Pra São Paulo seguir avançando", defende o legado de sua administração na Prefeitura, entre 2004 e 2006, e a gestão de Kassab. Segundo o tucano, em 2004 o número de creches na cidade era de 853, saltando para 1.493 nos dias atuais, representando um aumento de 60 mil para 205 mil vagas.

 

Serra concorda que ainda faltam vagas, mas destaca um dado positivo da atual gestão: "A Prefeitura passou a oferecer boas creches públicas e muitas mães, mesmo as que não tinham filhos em creches ou que tinham filhos em creches particulares, passaram a levar suas crianças para as creches públicas". Serra prega a ampliação na oferta de vagas através de novas construções e convênios com ONGs.

 

Independentemente das disputas políticas, Serra e os adversários do PT e do PMDB, Gabriel Chalita, têm uma meta comum: a educação em tempo integral. "Não há nenhum país no mundo, entre os 30 com as melhores colocações no ranking de boa educação do planeta, que não tenha adotado escola em tempo integral", argumenta Chalita, que foi secretário de Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) entre 2002 a 2006.

 

Já Fernando Haddad, que foi ministro da Educação de 2005 até o início de 2012, defende o aumento do tempo de permanência do aluno com atividades educacionais extra sala de aula, envolvendo cultura e esporte. No projeto petista, o candidato prega a implantação do sistema de ensino integral a partir dos bairros com maior índice de vulnerabilidade social. O petista defende também a retomada das parcerias com os governos federal e estadual. E diz que não foi possível trazer importantes projetos para a cidade, como a Universidade Federal da Zona Leste, por falta de interesse. Segundo ele, a União tem verba disponível para a cidade, mas a gestão de Gilberto Kassab não aderiu aos projetos federais.






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