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Economia
Sexta - 29 de Junho de 2012 às 13:18

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Uma das grandes preocupações dos revendedores de combustíveis e outros empresários do setor do comércio é com os prazos para conclusão das obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande, obras que preparam a Capital para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014. Para ampliar o conhecimento dos comerciantes quanto ao cronograma das intervenções, representantes da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) realizaram uma apresentação dos prazos, principais dificuldades enfrentadas e o que tem sido feito para tentar minimizar o impacto sobre as finanças do comércio.

Nesta reunião, promovida pela CDL Cuiabá, ainda foi citada a perda de até 40% do movimento em alguns comércios. No caso dos postos de combustíveis, alguns empresários contabilizam até 70% das vendas. O secretário destacou que este problema foi narrado ao governador Silval Barbosa e à Secretaria de Estado de Fazenda.

Para o presidente da CDL, Paulo Gasparoto, o ideal é que o governo elabore uma forma de ressarcir os prejuízos dos empresários por meio de abono tributário de 50% no caso da alíquota do ICMS, assunto tratado na edição do dia 10 de junho com exclusividade pelo Diário. Contudo, para os revendedores de combustíveis esta situação não se resolverá com redução temporária da carga de impostos, haja vista que os impostos são recolhidos na fonte por meio de substituição tributária.

O diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Nelson Soares, reforçou que existe a possibilidade de se realizar uma ação judicial de "lucro cessante", estando o departamento jurídico do Sindipetróleo, por meio do Saulo Gahyva, à disposição mais esclarecimentos. “Temos mais de 30 postos afetados diretamente pelas obras da Copa”, afirmou Soares.

EXEMPLO - Na edição do dia 10 de junho, o Diário trouxe o relato de alguns comerciantes atingidos pelas interdições na Avenida Miguel Sutil, entre Avenida Jurumirim à Avenida dos Trabalhadores. O Posto Solaris, por exemplo, está colocando coloca em prática seu plano de ação que tem validade de 90 dias. “Todos os funcionários que estavam com férias estão gozando do benefício e remanejamos pessoal para o outro posto, ali na Avenida do CPA. Todo esse rodízio tem fim em três meses. Se nada tiver mudado para melhor, as demissões serão inevitáveis”, aponta o gerente Marcos César Farias. As vendas no posto de bandeira BR estão 70% menores e, para piorar, como relata, as vendas à vista foram as que mais deixaram de ser realizadas. “Para atenuar a falta de caixa, o lava-jato que atendia clientes que ganhavam duchas como cortesia foi fechado e o horário de atendimento alterado, antes era das 6h à 0h, e agora vai das 7h às 19h”.

O secretário Maurício Guimarães reconheceu que a fase de execução das obras está sendo mais difícil do que a burocrática. “Além de ser intenso o nosso trabalho para buscar formas de prejudicar o menos possível os empresários, ainda há as dificuldades de se realizar as interferências nas partes de cabeamento de energia elétrica, telefone e internet e ainda no que se refere ao abastecimento de água”, disse Guimarães.

Os empresários também cobraram maior agilidade na execução das obras. O secretário esclareceu que a Secopa tem trabalhado para eliminar as interferências existentes para que as empreiteiras organizem mais frentes de trabalho.





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