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Polícia Brasil
Sexta - 29 de Junho de 2012 às 11:09

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Reprodução/TV Vanguarda
Irmãs foram assassinadas em março de 2011.
Irmãs foram assassinadas em março de 2011.
Ananias negou que sua namorada tenha participado do crime (Foto: Caroline Hasselmann/G1)
Ananias dos Santos também nega ter escrito cartas
(Foto: Caroline Hasselmann/Arquivo G1)


 

A Justiça determinou que Ananias dos Santos, acusado de matar há mais de um ano as irmãs Juliana e Josely Oliveira, de 15 e 16 anos, em Cunha, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, vá a júri popular. A sentença é da juíza Roseane Aguiar Almeida, da Comarca de Cunha.

Ananias será julgado por duplo homicídio qualificado e poderá ser condenado a até 60 anos de prisão. Ainda não há uma data para o julgamento, pois ainda cabe recurso. A defesa de Ananias foi procurada para comentar a decisão de ele ir a júri popular, mas não foi localizada.

As duas jovens desapareceram em 23 de março de 2011, quando voltavam da escola. Segundo as investigações, as meninas foram abordadas por Ananias por volta das 18h40 e mortas a tiros entre 20h30 e 21h30. Os corpos das irmãs foram localizados cinco dias depois, na zona rural de Cunha, a 12 km de onde moravam.

Ananias, que era conhecido da família, foi encontrado dias depois na casa de um parente dele, também em Cunha. À época, ele confessou o crime à polícia e disse que mostrou a arma assim que abordou as meninas. Ele afirmou também que discutiu algumas vezes porque elas reclamavam constantemente de ter de andar no meio da mata. Mas o objetivo inicial, segundo o acusado, era apenas “dar um susto”, não assassiná-las.

Cartas
Ananias está preso em uma penitenciária em Balbinos, também no interior do estado. Em julho e setembro do ano passado, ele enviou cartas à Promotoria em Cunha confessando mais uma vez o crime e pedindo transferência para uma penitenciária em Tremembé. O acusado chegou a cumprir parte de uma pena por roubo em uma das prisões daquela cidade, mas não voltou depois da saída temporária de Páscoa, em 2009.

Em uma das cartas, ele diz: "Sei que cometi um crime bárbaro aos olhos da sociedade, mas escrevo esta para pedir ajuda, pois sou um ser humano". Em depoimento em janeiro deste ano, Ananias mudou a versão e disse que não escreveu as cartas. Ele afirmou que foi coagido a confessar o crime e que vem sendo torturado psicologicamente pelos outros detentos.

Ananias sustenta que ditou a carta para outro detento, e que este escreveu frases que não correspondem à realidade. Ele declarou ainda que sabe ler e escrever, mas com dificuldade.






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