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Quarta - 27 de Junho de 2012 às 16:13

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Sem vigia ou segurança e muro baixo, as motos e veículos recolhidos no pátio da CIRETRAN de Primavera do Leste em Mato Grosso sofrem desmanche dentro da unidade do Detran-MT.

A denuncia é do Sindicato dos Servidores do Detran-MT (Sinetran-MT) que está indignado com a maneira como a direção da Autarquia faz vistas grossas ao problema que atinge outras unidades no Estado. Os ladrões pulam o muro pela facilitação para fazer o furto, já que não tem câmeras e um matagal ao lado dá ‘cobertura’ para o crime. Um exemplo foi o que aconteceu nesse domingo, dia 24 de junho em que 2 pessoas foram detidas pela Polícia Militar de Primavera do Leste, nos fundos do pátio do Departamento de Trânsito. A polícia chegou até os suspeitos após denúncias anônimas. Eles tentaram passar uma motocicleta CB 300 que estava próxima ao muro do pátio do CIRETRAN, para dar umas ‘voltas’ pela cidade. 

“O descaso com o bem de terceiros e com a população é um absurdo. Algumas vezes o Detran é obrigado a comprar uma moto nova para o proprietário, ou seja, mais um gasto que poderia ser evitado e investido na melhoria das unidades pelo interior”, afirma Veneranda Acosta, presidente do Sinetran-MT.

O pior é que a população paga pela permanência dos veículos que se encontram no pátio (taxa de estadia de motocicletas até 60° dia = R$ 4,00, taxa de estadia de motocicletas após 60° dia = R$ 7,00. As diárias de carros são maiores, chegando até o valor de R$ 11,00 ao dia). Eles  só são liberados com a quitação de todos os débitos pendentes e na liberação são surpreendidos com ausência de peças (carburador, jogos de rodas, combustível, guidom das motocicletas, motor de motocicletas e até mesmo o veículo inteiro furtado).

A CIRETRAN de Primavera foi inaugurada em maio de 2011. A sede está localizada num terreno com bastante espaço para a guarda de veículos presos, área para vistoria, lacração e realização de provas práticas e teóricas, contudo os serviços estão funcionando precariamente.

O setor de vistoria, por exemplo, está desativado por não haver internet e nem fibra ótica para funcionar. Então a vistoria é feita na área destinada a lacração.

O prédio é cheio de infiltrações que vão desde a recepção, como no setor de informática. O atendimento é feito por apenas 4 servidores para atender todos os serviços numa cidade que tem cerca de 30 mil veículos.

“Acho estranho uma Ciretran que foi construída a pouco tempo, já estar nessa situação, e sem nenhuma segurança. Vou fazer um requerimento para que o Detran tome providências. Dessa maneira não pode ficar, porque a meu ver, o lema da direção do Detran-MT está sendo: "sucatear para terceirizar", e quem paga a conta são os servidores, que trabalham em péssimas condições e a população matogrossense, que acaba sendo obrigada a pagar taxas cada vez maiores, sem o devido retorno”, comenta Veneranda.

 






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