Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 26 de Junho de 2012 às 07:57

    Imprimir


ILUSTRAÇÃO
Está marcado para esta quarta-feira o julgamento do soldado da PM Denis Ronaldo da Costa e seu amigo Divo de Carvalho Rodrigues pelo duplo assassinato que vitimou André Dora de Souza e Cacionilda Miranda Aguiar, no bairro Pedra 90, em março de 2003. O crime é caracterizado de pistolagem, pois, segundo a denúncia do Ministério Público, ocorreu a mando do dono de um posto de combustível, criando uma espécie de “grupo de extermínio”.

Diante de tantas atrocidades, a defesa do militar entrou com um pedido de exame de sanidade mental para o PM. Caso o resultado não fique pronto até o dia do julgamento, o júri do soldado poderá ser adiado.

Os dois réus foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por homicídio qualificado - recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. O militar está em liberdade. O processo contra o terceiro denunciado, Sidnei de Almeida, foi desmembrado.

Segundo o MPE, os três alegaram ter agido a mando de um proprietário de um posto de combustível, assaltado várias vezes. Denis, que fazia segurança do posto, disse ao dono que sabia quem estava fazendo “arrastão” no estabelecimento e iria executá-lo. O proprietário não aceitou a idéia. No entanto, só concordou com a detenção do suspeito para posterior reconhecimento.

Denis insistiu e procurou o dono do posto junto com Sidney e propôs eliminar André por R$ 6 mil. Um dia antes do duplo homicídio, Denis alertou o comerciante. "Hoje à noite vou ‘fazer’ e amanhã você vai ver pela televisão. Eu vou fazer e você vai ter que pagar." E assim aconteceu.

Em outro trecho, a denúncia do MPE relata que, no dia seguinte à execução, o PM foi cobrar os R$ 6 mil. O comerciante disse que não pagaria porque não encomendara nada. Antes, perguntou quem o policial militar havia matado. Ao falar que se tratava de André, o comerciante disse que era a pessoa errada. O autor é conhecido como “Daniel”.

Mesmo assim, diante da ameaça, o comerciante entregou uma motocicleta para o policial que, não satisfeito, começou a abastecer seu Chevette no posto sem pagar. O comerciante, então, resolveu vender o posto para se livrar do policial, que era lotado no posto policial do Pedra 90.

O duplo assassinato ocorreu no dia 11 de março de 2003, na rua 33 do Pedra 90. Os criminosos invadiram a casa e executaram o casal com vários tiros. Para entrar na casa, arrombaram a porta. Conforme o MPE, o militar acompanhou tudo do lado de fora, numa esquina próxima.

Conforme a denúncia do MPE, André e Cacionilda estavam dormindo no momento em que os dois criminosos arrombaram a porta do quarto, onde ainda dormia uma terceira pessoa. “Fica quieto. Cadê a pistola? Cadê a pistola? dizia a terceira pessoa. Nisso, os criminosos começaram a atirar no casal e fugiram numa motocicleta.

Para o alto comando da Polícia Militar, esse foi um dos últimos crimes de pistolagem que a corporação tem conhecimento. Caso Ronaldo seja julgado e condenado, o MPE vai pedir a perda do cargo público.




Fonte: Do DC

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/48291/visualizar/