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Segunda - 25 de Junho de 2012 às 14:18
Por: KLEVERSON SOUZA

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A redução de emissões de gases metano pela pecuária, por meio de políticas públicas e estratégias a serem implementadas para a preservação do meio ambiente, será debatida na próxima terça-feira (26), às 9h, durante audiência pública no auditório Licínio Monteiro, na Assembleia Legislativa.

Inúmeros estudos comprovam que a quantidade de gases despejados na atmosfera com a emissão de metano pelo arroto ou flatulência do gado, contribui significativamente para as mudanças climáticas no mundo, pois a pecuária brasileira responde por cerca de 20% das emissões totais de gases do país.

Requerida pelo deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), a audiência pública contará com a presença do pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), José Orlando, que participou da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20.

Presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), conduzirá o evento e também defende o projeto de redução das emissões de gases metano pela pecuária.

Para o parlamentar, a discussão é fundamental para o desenvolvimento sustentável. “Mato Grosso precisa estar inserido nestes debates, pois com a implementação de políticas públicas, podemos reduzir drasticamente, as emissões de gases metanos por meio da pecuária. São medidas importantes para a preservação do meio ambiente”, sustentou o presidente da Casa de Leis.

Na visão de Dilmar Dal Bosco, a proposta exige investimentos, mas resulta em resultados positivos para o meio ambiente. “É necessário reduzir as emissões de metano, elevar a produtividade e rentabilidade, no entanto, isso representa custos, mas que traz bons resultados e eleva a lucratividade”, afirmou o parlamentar.

REDUÇÃO DE EMISSÕES – De acordo com o pesquisador da UFMG, o projeto é importante e demonstra a preocupação com o meio ambiente. “Na pecuária, a influência do animal é simples de ser observada, pois este emite entre 120 e 180 gramas de gás todos os dias, por meio do arroto. Mas, multiplicado 365 dias no ano e as 30 milhões de cabeça de gado que temos em Mato Grosso, salta assustadoramente, o que representa 4,5 milhões de caminhões emitindo o metano”, explicou.

Em função do número elevado, José Orlando ressalta a necessidade de implementar políticas públicas para utilizar produtos que interfiram no metabolismo do animal, reduzindo em 10%, a emissão de gases metano. “Será necessário investir, mas teremos benefícios para o meio ambiente”, ressaltou.

PROJETO DE LEI – A redução de gases metano pela pecuária já é lei. De autoria do deputado estadual Mauro Savi (PR), a proposta foi sancionada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) em dezembro de 2010.

Entre as estratégias de redução de emissões para serem implementadas, de acordo com o texto do projeto, estão à adoção de critérios e boas práticas no setor pecuário sob o ponto de vista das mudanças climáticas; pesquisa de alternativas de dietas animais para buscar a redução de emissões de metano; promoção de campanhas para conscientização de produtores e trabalhadores do setor pecuário sobre a relação entre a produção pecuária e as mudanças climáticas sustentáveis; promoção de pesquisa no setor pecuário tendo em vista os objetivos do equilíbrio climático; estabelecimento de incentivos e desincentivos econômicos para o setor pecuário objetivando o equilíbrio climático regional e global; realização de projetos pecuários demonstrativos para permitir melhor entendimento do ciclo de carbono em atividades agropecuárias; e estimular a utilização de produtos simbióticos na dieta da bovinocultura.






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