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Segunda - 25 de Junho de 2012 às 10:25
Por: Alexandre Alves

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Os servidores públicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Sinop – unidade Agrossilvipastoril – aderiram à greve nacional da categoria que começa nesta segunda-feira. O Centro de Pesquisas, que será inaugurado no começo de julho, possui aproximadamente 100 funcionários, entre pesquisadores, técnicos e setor administrativo.

A decisão de greve foi tomada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), em assembleia realizada nos dias 21 e 22 de junho.

“O importante é que se faça agora um movimento unitário em nível nacional para que possamos convocar a Embrapa e o governo para sentar à mesa e avançarmos nas propostas sociais e econômicas e na garantia dos direitos sociais conquistados”, afirmou Vicente Almeida, presidente do Sinpaf.

Eles alegam que importantes cláusulas econômicas e sociais permanecem com impasse.

“Mesmo após cinco rodadas de negociação, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) entre o Sinpaf e a Embrapa não avançou em quase nada. Apenas 31 das 87 cláusulas apresentadas pelos trabalhadores foram completamente acordadas, mas apenas mantendo a redação do acordo vigente”, aduz o sindicato.

O Sinpaf atesta que a única cláusula que representa pequeno avanço é a terceira, que diminuiu de 15 para 10 dias (prorrogáveis por mais 10) o prazo para que a empresa preste esclarecimentos aos trabalhadores e ao sindicato sobre possíveis descumprimentos do acordo. A pauta do acordo foi entregue pelo Sinpaf em 15 de fevereiro.

“Há 20 cláusulas acordadas parcialmente, das quais somente dois parágrafos são novos. O total de cláusulas não acordadas chega a 35, somando os itens econômicos e sociais. No caso dos salários (cláusula quarta), a Embrapa manteve a proposta de reajuste zero acima da inflação”, comenta a nota da entidade sindical.

Condições de trabalho

Cláusulas que incidem diretamente sobre o bem-estar e as condições de trabalho na Embrapa, também chamadas de clausulas sociais, seguem pendentes. Na cláusula 22ª, por exemplo, que trata do plano de assistência médica dos trabalhadores da empresa, não houve avanço.

“A mesma situação é verificada nas cláusulas que tratam do Assédio Moral (46ª), Advertência e Punições (47ª), Liberação em dia de Pagamento (57ª), Quadro de Pessoal (50ª), Qualidade de Vida em campos Experimentais (85ª), Auxílio creche (27ª), Auxílio educação (29ª), Licença paternidade (61ª), Licença por Adoção (64ª), entre outras”, relata o Sinpaf.

O sindicato da categoria também reclama que, no que se refere à organização sindical, a Embrapa também não sinalizou avanço. Pelo menos três clausulas que tratam do tema, como representação sindical (70ª), direito à assembleia (71ª) e liberação para atividades sindicais ou sociais (72ª) não foram pactuadas no ACT.

“Outro tema que merece destaque é a democratização na gestão da empresa, como a cláusula que trata da representação sindical no Comitê Técnico Interno (CTI). Além disso, a Embrapa não aceitou três clausulas novas sugeridas pelo Sinpaf,entre elas a que trata da participação de representantes dos trabalhadores nos principais colegiados que atuam no Sistema de Gestão Estratégica da empresa”, diz o Sinpaf.





Fonte: TERRA

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