"El Tanque" se torna arma do Boca na reta final da Libertadores

Santiago Silva, 31, demorou a engrenar na Libertadores. Escolheu os jogos decisivos para brilhar e, desde então, não para de fazer gols.

Hoje à noite, às 21h15, em Santiago, o Boca Juniors decide contra a Universidad de Chile uma vaga na final do mais importante torneio de clubes da América do Sul.
 

	Christophe Simon - 23.mai.12/France Presse
	Sem camisa, Santiago Silva celebra na partida contra o Fluminense

O Boca entra em campo na casa do adversário com uma boa vantagem --venceu por 2 a 0 na partida de ida, há uma semana, em Buenos Aires.

Silva abriu o placar para os argentinos, e Sánchez Miño fechou. Hoje, o Boca pode até perder por um gol de diferença para chegar à decisão.

Santiago "El Tanque" Silva ganhou o apelido no início da carreira, por causa do porte físico (1,86 m e 80 kg).

Perambulou por times pequenos e médios do Uruguai até ganhar, em 2002, uma chance no Corinthians, onde não deixou boas lembranças.

Voltou ao Uruguai e tentou a sorte em clubes desimportantes da Europa, como o alemão Energie Cottbus e o português Beira-Mar.

Só foi alcançar algum sucesso há três anos, no modesto Banfield, da Argentina.

Foi decisivo para o time ser campeão nacional e se transferiu para o Vélez Sarsfield.

De novo campeão nacional, consolidou-se como um atacante de ponta no futebol argentino. Passou pela Fiorentina, teve poucas chances e foi finalmente comprado pelo Boca em janeiro deste ano por R$ 3,5 milhões.

Nesta Libertadores, fez gols importantes em fases decisivas do torneio --contra Unión Española, Fluminense e Universidad de Chile.

Há ainda uma coincidência na produção goleadora do atacante, notada pelo diário "Olé": os três gols que marcou no estádio do Boca Juniors foram na mesma trave, a que substituiu uma dada de presente a Martín Palermo, ex-atacante do clube.

Boca e "La U" chegam para a decisão da vaga após terem sofrido derrotas nos torneios nacionais --que ambos disputam com seus times principais, sem poupar jogadores para a Libertadores.

O Boca Juniors perdeu por 3 a 1 para o pequeno Arsenal e viu ameaçadas suas chances de conquistar o Campeonato Argentino deste ano.

No Chile, "La U" apanhou de seu arquirrival, o Colo-Colo, por 2 a 0. "Se eles vão jogar como o Arsenal, nós vamos ter que jogar como o Colo-Colo", disse ontem o técnico do Boca, Julio Falcioni.

O treinador chileno Jorge Sampaoli destacou a "valentia" de seus jogadores para buscar o resultado adverso.

Quem se classificar hoje no confronto de Santiago fará em seu estádio o primeiro jogo da final da Libertadores.

Com as agências de notícias

NA TV
Universidad de Chile x Boca Juniors
21h15
Fox Sports