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Quarta - 20 de Junho de 2012 às 20:10
Por: Renê Dióz

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Renê Dióz/OD

Após interrogatório de quase cinco horas, o advogado Vicente Ferreira Gomes, investigado como beneficiário do esquema de rombo à Conta Única do Estado, deixou a Delegacia Fazendária (Defaz) no início da noite desta quarta-feira (20) com direção à Polinter, onde deve ficar detido até que a defesa consiga revogar sua prisão temporária.

À delegada Cleibe Aparecida de Paula, Vicente negou ter conhecimento do esquema de fraudes perpetrado na Secretaria de Fazenda (Sefaz ) que, ao longo de anos, resultou em desvios de mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos do Estado.

Ele, que finalmente cumpre prisão temporária (cinco dias prorrogáveis) decretada em maio pela Justiça no âmbito da operação “Vespeiro”, era investigado como uma das pessoas físicas que receberam parte do dinheiro desviado. Desde a operação, era considerado foragido e sua apresentação nesta quarta-feira foi articulada por seus advogados.

O próprio filho de Vicente, Edson Rodrigo Ferreira Gomes, era servidor terceirizado na Conta Única da Sefaz e confessou participação no esquema de fraudes que o pai alegou desconhecer.

De acordo com o advogado Antônio de Deus, durante o interrogatório Vicente se prestou a justificar seu patrimônio à delegada; segundo ele, construído somente com ganhos da advocacia, que exerce há 39 anos. A atividade serviu para justificar também o Buffet mantido pela família e o restaurante que o filho mantém no bairro Boa Esperança.

Sobre os repasses ilegais realizados a empresas por meio do mesmo esquema de fraudes, que teria provocado a maior parte do rombo ao erário, Vicente alegou desconhecer.

Sua defesa tentou, ao longo do dia, conseguir a liberação do cumprimento da prisão temporária, mas sem sucesso – a liberdade já havia sido pleiteada por meio de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça e no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.

Durante sua saída da sede da Defaz, os quatro filhos de Vicente – Edson Rodrigo, Gustavo, Gil e Renato – fizeram-se presente, tentando inclusive cobrir o rosto do pai no momento em que era encaminhado para o veículo da polícia que o levaria direto para a Polinter.

Uma irmã de Vicente manifestou indignação à imprensa no local, afirmando sua prisão é injusta e que o advogado é cardíaco, sofre de hipertensão e chegou a se internar com dengue nos últimos dias.






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