Equador analisará pedido de Assange "sem prazos", diz chanceler
O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, afirmou hoje à agência Ansa que o governo vai analisar, sem prazos, o pedido de asilo político feito pelo fundador do WikiLeaks, Julian Assange, 40.
Segundo o chanceler, "no Equador, há total liberdade de expressão" e, por isso, Assange escolheu se alojar na embaixada equatoriana em Londres.
"Estamos analisando o pedido de asilo da maneira como deve ser feito em casos como esse. Assange argumenta que sua vida está em perigo, mas o governo não tem um prazo para dar uma resposta à solicitação", contou Patiño, que está no Rio de Janeiro para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, chamada de Rio+20, ao lado do presidente Rafael Correa.
Tim Hales/Associated Press | ||
Manifestantes pró-Assange protestam em frente da embaixada do Equador, em Londres |
Assange, acusado na Suécia por crimes de abuso sexual, está refugiado na embaixada do Equador em Londres. Ele afirma que também pode ser perseguido nos Estados Unidos devido à divulgação de milhares de documentos secretos através do WikiLeaks.
SCOTLAND YARD
A Scotland Yard (Polícia Metropolitana de Londres) afirmou nesta quarta-feira que Assange violou as condições de sua prisão domiciliar no Reino Unido, ao refugiar-se na embaixada do Equador na capital britânica, e pode ser detido.
Uma porta-voz da Scotland Yard disse hoje à agência Efe que Assange poderia ser detido por ter abandonado o domicílio estabelecido nas condições de sua detenção, que o obrigavam ainda a ficar nesse lugar toda noite entre 21h e 7h da manhã.
A porta-voz não especificou o que ocorrerá se Julian Assange decide abandonar a legação diplomática equatoriana, onde a polícia britânica não tem jurisdição para atuar.
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