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Quarta - 20 de Junho de 2012 às 07:25

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Neymar já era estrela quando ainda tinha dentes de leite e era disputado pelos colégios de Santos, ávidos por tê-lo em suas quadras de futsal.

Sobre a grama, virou ídolo e representante do futebol-arte, antes em baixa no Brasil.
 

  Ricardo Nogueira - 19.jun.2012/Folhapress  
Neymar dá entrevista após treino no CT Rei Pelé, em Santos
Neymar dá entrevista após treino no CT Rei Pelé, em Santos



Há sete anos, já era a esperança do Santos de achar um sucessor para Pelé. Há três, encarna o sonho do país para a Copa do Mundo em casa.

Mas, hoje, às 21h50, no Pacaembu, Neymar viverá os 90 minutos mais importantes de sua curta e vitoriosa carreira.

Se o Santos vencer por 1 a 0, levará aos pênaltis a decisão da vaga à final. Se o Corinthians fizer um gol, qualquer vitória simples santista garante a vaga. Qualquer empate é da equipe da casa.

Nas costas, Neymar carrega a responsabilidade de, sozinho, fazer uma torcida e uma cidade inteira sorrirem.

Mas sua capacidade de decisão virou dúvida. Os cerca de 200 santistas que passaram a tarde cantando para o time no treino de ontem tinham só uma certeza: sem Neymar, o Santos é comum.

E assim tem sido desde a final do Paulista, pois a fase do camisa 11 não é boa. O atacante não faz gol pelo time há um mês e meio. Não é exagero supor que o Santos só vencerá o Corinthians, que tem a melhor defesa da Libertadores, se Neymar estiver bem.

Escalado para falar com a imprensa, o atacante respondeu com impaciência àqueles que têm comentado sobre o seu estado físico: negou várias vezes que esteja cansado, disse que não mudará sua rotina publicitária fora dos campos e que está se sentindo tão bem quanto sempre.

No jogo de ida, interrompido por um apagão na Vila Belmiro, Neymar caiu no gramado, exausto. A cena foi vista como sinal de seu desgaste.

"Qual o problema de eu deitar no gramado com a luz apagada?", perguntou ele ontem a um jornalista. "Você queria que eu ficasse correndo, trotando? Já que parou, eu deitei. Estava cansado pelo jogo, não porque estava morto, não tem nada ver."

Tanto o presidente santista Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro quanto o técnico Muricy Ramalho já afirmaram que Neymar está desgastado.

"Isso aí já está ficando chato", disse o atacante após um repórter insistir na questão. "Não vou ficar me poupando, meu pai sempre me disse desde pequeno: "Não se poupe no primeiro tempo, dê o máximo". Não vou me poupar."

Só a entrega de Neymar parece ser capaz de dar a vitória ao Santos, cada vez mais dependente de sua estrela.

"A importância [do clássico] é muito grande na minha carreira, no meu currículo e na história do Santos", afirmou. "Não vai faltar disposição, luta. Não estou nervoso, estou tranquilo, feliz."

Uma derrota do Santos será o maior revés pessoal de Neymar. Uma vitória consolida sua condição de ídolo. 






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