O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá está sem vagas e pacientes chegam a esperar dias para ao atendimento. A ala do hospital é a única especializada em Mato Grosso, mas não consegue atender a demanda.
O hospital atende 10 pessoas diariamente que são da capital e moram no interior do estado. Segundo a administração do hospital, a maior parte dos internados sofreu algum acidente com álcool, óleo e outro tipo de líquido quente.
Mas por conta da falta de estrutura, por exemplo, um homem com 70% do corpo queimado só conseguiu uma vaga no setor após seis dias. O paciente estava internado no box de emergência do Pronto-Socorro de Várzea Grande, na região metropolitana da capital, com queimadura de 1º e 2º grau por todo o corpo.
Paciente aguardou seis dias para ser transferido de hospital (Foto: Reprodução /TVCA)
Nesse período, ele passou por um procedimento de raspagem, foi medicado no CTQ, mas depois foi novamente levado para a unidade de Várzea Grande. Uma idosa de 85 anos, também teve que esperar pelo atendimento especializado. Há 20 dias, ela desmaiou perto do fogão e esbarrou na panela com água fervendo. Depois do susto, a família teve que buscar por um leito no hospital para que a aposentada conseguisse receber o tratamento.
O sub-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Correia, explica que parte do atendimento de pacientes poderia ser feito em outros hospitais do estado, no sentido de desafogar o CTQ. Porém ele explica que, com a atual estrutura da unidade de Cuiabá, o município não consegue receber todos os recursos do Governo Federal.
Além disso, o secretário ressaltou que para ser credenciado como hospital de queimados é preciso construir uma nova unidade de Saúde para atender às exigências do Ministério da Saúde com um centro cirúrgico e UTI.
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