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Domingo - 17 de Junho de 2012 às 05:26
Por: Lucas Perrone, de Rondonópolis

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Após os momentos de turbulências em Rondonópolis, o PMDB que esteve prestes a rachar em diversos períodos da gestão do ex-prefeito Zé do Pátio voltou a ter unidade interna. É o que avalia o deputado federal e presidente regional da legenda, Carlos Bezerra. “Na verdade foram uns cabeças de bagre que nos atrapalharam. Agora estamos todos unidos”, disse o cacique, sem citar nomes.

 

Nos últimos meses Bezerra agiu como um verdadeiro bombeiro, na tentativa de solucionar os problemas que a legenda enfretava no município. No começo do mês, comandou uma reunião marcada por muita tensão para decidir se o PMDB apoiaria ou não o prefeito Ananias Filho (PR) na disputa indireta pelo comando da cidade. Uma parte da cúpula defendia o projeto do médico e vereador Manoel da Silva Neto, o doutor Manoel, numa candidatura própria; outra queria uma coligação com republicano.

Á época, Bezerra, que nunca escondeu as farpas trocadas com Pátio, chegou a dizer que somente o retorno do ex-prefeito ao cargo solucionaria o problema. Por fim, a maioria decidiu lançar a esposa de doutor Maneol, Valérica Beviclacqua, como vice de Ananias. A chapa acabou vitoriosa no pleito realizado na última quarta (13).

O momento mais crítico vivido pelo partido, no entanto, ocorreu em 2010, quando o grupo de Pátio se recusou a apoiar a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) para subir no palanque do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, filiado ao PSDB. A decisão gerou um mal-estar e é uma das responsáveis pela resistência de Bezerra em relação a Pátio.

O desentendimento entre ambos, contudo, vem de antes. No início do mandato, o ex-prefeito resolveu enfrentar o cacique na eleição para o comando do diretório municipal e lançou a ex-presidente do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Terezinha Silva, ao cargo de presidente. Terezinha chegou a disputar e vencer, mas foi destituída por decisão do comando regional. O argumento era que pelo estatuto da sigla, detentores de cargos no primeiro escalão não poderiam presidir diretórios municipais. Atualmente o PMDB é conduzido por uma comissão provisória comandada pela professora Paula da Costa.





Fonte: RD News

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