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Agronegócios
Sábado - 16 de Junho de 2012 às 18:45

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O período do Vazio Sanitário teve início ontem, em Mato Grosso, e com ele fica proibido o cultivo de soja durante 90 dias, como forma de garantir a entressafra da cultura e eliminar o fungo que causa a ferrugem asiática. O período proibitivo segue até 15 de setembro.

Como explica o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Nery Ribas, por 90 dias, os produtores rurais estão proibidos de plantar soja e precisam eliminar a soja guaxa (ou tiguera), que nasce por acaso no campo. Tudo isso para que a doença ferrugem asiática não encontre um local apropriado para sobreviver e se disseminar na próxima safra. “Estudos mostram que este período de 90 dias, se respeitado, é suficiente para que o fungo, causador da ferrugem, não se prolifere, se o produtor tiver os devidos cuidados”, explica.

Os produtores rurais precisam ficar especialmente atentos à existência de soja guaxa nas suas lavouras e também às margens de rodovias, nos limites das propriedades. De acordo com Nery Ribas, nos últimos três anos, a Aprosoja/MT, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Ministério da Agricultura, tem feito estudos que comprovam a persistência do fungo da ferrugem asiática mesmo neste período seco. “Ela (doença) pode não ser viável, mas o fungo continua vivo. É fundamental o cuidado para que haja eliminação total da soja guaxa no Estado e não crie uma ‘ponte verde’ para a próxima safra”, reforça.

O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) é o órgão responsável pela fiscalização das lavouras no período de vazio sanitário. Os fiscais podem notificar e multar o proprietário de uma lavoura onde seja encontrada soja guaxa. “A fiscalização será intensificada porque na safra 2011/12 tivemos casos sérios de ferrugem asiática que não tínhamos há dois anos, especialmente nas regiões norte e leste do Estado”, argumenta Ribas.

O gerente institucional da Aprosoja/MT também ressaltou que qualquer produtor rural pode denunciar a existência de soja guaxa em propriedades para o Indea/MT.





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