Petrobras diz que faltam bons projetos em biocombustíves
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou ontem que a decisão de reduzir os investimentos em biocombustíveis no plano de negócios para o período 2012-2016 foi tomada porque a Petrobras Biocombustíveis (PBio), divisão da estatal voltada para este segmento, teve menos "projetos bons" em 2011 do que em 2010.
Isso foi levado em consideração na elaboração da nova projeção de investimentos.
"A Petrobras Biocombustíveis é uma empresa em formação. No ano passado não recebemos bons projetos", afirmou Foster, após realizar uma palestra em evento da ONU paralelo à Rio+20.
Durante sua fala, a presidente da estatal afirmou que a Petrobras tem orgulho de ser uma empresa de combustíveis fósseis. De acordo com ela, a operação da empresa traz desenvolvimento econômico aos 27 países no qual a empresa tem operações.
O subsídio aos biocombustíveis está entre as principais propostas defendidas amanhã pelo Marco Inicial do Rio/Clima, um dos eventos paralelos da Rio+20 que está discutindo mudanças climáticas e formas de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, não quis comentar a decisão da Petrobras. "Eu não vi o plano de negócios, então eu não posso ter opinião", disse.
Na avaliação de Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), a descoberta do pré-sal "certamente levará" a mais investimentos nessa área. "Mas a questão é se o Brasil vai manter a sua matriz econômica relativamente limpa. Acredito que uma coisa não exclui a outra", afirmoue Steiner.
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