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Quinta - 14 de Junho de 2012 às 20:45

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"Estamos nos desmoralizando”, afirmou o senador Pedro Taques (PDT-MT), nesta quinta-feira (14.06), após os integrantes da CPI do "Caso Cachoeira” rejeitarem os requerimentos de convocação do ex-presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish, e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot.

"Estamos com medo de que senhor presidente?”, indagou o mato-grossense, numa reação ao relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), que considerou não ser o momento mais adequado para a realização dos depoimentos.

De acordo com o senador, a comissão de inquérito tem três núcleos: Carlos Cachoeira, os agentes políticos e os empresários. Nesse contexto, ele aponta a necessidade de convocação imediata de Cavendish e Pagot.

"Temos o dever de aprovar a convocação de Pagot e Cavendish! Já ouvimos pessoas do grupo do Cachoeira e políticos. Qual é o medo de ouvir empresários? Medo de comprovar corrupção na República? Medo é a tremedeira na perna. Repito: algumas pessoas estão com medo da vinda do Cavendish e do Pagot nesta Casa", complementou Pedro Taques. Apesar do apelo, a maioria dos integrantes da CPI acompanharam a proposta do relator.

Para Pedro Taques, a CPI está se transformando numa farsa completa. Ele sustentou que um dos focos da CPI é justamente investigar as relações da empreiteira Delta com agentes públicos.

"A Delta recebeu R$ 4 bilhões do governo em menos de 10 anos, principalmente por meio do Dnit. Não ouvi-los neste momento é transformar isso aqui numa CPI café-com-leite, numa farsa. Se ouvimos os governadores, por que não fazer o mesmo com Cavendish e Pagot? Qual o receio? Pagot é um fio desencapado e já disse que quer falar”, finalizou.

Votação- O depoimento de Fernando Cavendish foi rejeitado por 16 votos a 13. Já os requerimentos relativos à convocação de Pagot foram rejeitados por 17 votos a 13. O relator Odair Cunha afirmou que a CPI vai ouvir o ex-diretor do Dnit segundo a conveniência da comissão e não conforme o desejo do próprio Pagot.

Governadores– Ainda nesta quinta, a CPI mista do "Caso Cachoeira” aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e de dados dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). As informações abrangem um período de dez anos, como as demais quebras aprovadas na comissão. O senador Pedro Taques votou pela aprovação dos dois requerimentos.






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