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Terça - 12 de Junho de 2012 às 22:34
Por: Laíse Lucatelli

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O vereador Lúdio Cabral (PT) se prepara para garantir o apoio do PDT à sua candidatura a prefeito da Capital e, assim, levar o senador Pedro Taques, principal nome da legenda, para seu palanque.

Diante da jogada do pré-candidato do PSB, Mauro Mendes, que negocia com o PMDB a indicação de seu vice, a sigla trabalhista ameaça deixar o arco de alianças que daria sustentação à candidatura do empresário e, com isso, o caminho ficará livre para o petista articular esse apoio.

Com a retirada das pré-candidaturas do PMDB, que tinha no páreo empresário Dorileo Leal, e do PR, que tinha como pré-candidato o vereador Francisco Vuolo, as legendas, agora, disputam a indicação do vice de Mauro Mendes. Com isso, os antigos aliados do socialista no Movimento Mato Grosso Muito Mais (PSB-PPS-PDT-PV) deixaram de ser prioridade no arco de alianças do PSB.

Lúdio disse que lamenta a retirada das candidaturas, alegando que isso diminui as opções de escolha da população cuiabana. Ele não escondeu, no entanto, a satisfação com os rumos que os dois partidos resolveram tomar, já que, agora, ambos brigam para indicar o vice de Mauro Mendes. “Essa avalanche para um lado só muito me anima”, disse o vereador, em entrevista ao MidiaNews.

O petista garantiu que não está intimidado com o crescimento do poder de fogo do pré-candidato do PSB. “A matemática eleitoral não é o que me preocupa. Até porque, quando me dispus a disputar essa eleição, eu tinha claro que estava disposto a enfrentar qualquer cenário. E todos os cenários são difíceis, com menos candidaturas ou mais candidaturas”, avaliou.

No entanto, ele não perdeu a oportunidade de criticar a coalizão. “O que mais me preocupa é o significado de algumas movimentações que estão acontecendo nos últimos dias. Além de reduzir as opções para a democracia, a movimentação é concentrada na aglutinação de partidos a partir do poderio econômico. Isso, por si, já é ruim. Ainda mais tendo como centro das preocupações a eleição de 2014 ao Governo do Estado. E aí, Cuiabá fica em quinto plano”, apontou.

Oportunidade

Na verdade, diante de toda essa mudança no cenário, o petista vislumbrou a possibilidade concreta de cooptar o PDT para seu arco de alianças.

O presidente municipal do PDT, o médico Kamil Fares, já apontou que o partido não subirá no mesmo palanque que o PMDB do governador Silval Barbosa.

O encontro do PT, realizado no último domingo (10), em que a candidatura de Lúdio foi homologada pela sigla, contou com a presença de Kamil. Há pelo menos dois meses, Lúdio vem assediando o PDT. Os pedetistas, por sua vez, não escondem a simpatia pela candidatura do vereador.

“No encontro, reiterei o convite para o PDT indicar meu vice. Existe uma coerência programática, o PDT está na base do Governo Federal, também há afinidade entre as pessoas. Tenho um bom relacionamento com o Kamil, com o Taques... Mas, respeitamos a agenda que o PDT tem, que ainda pode apoiar o candidato do PSB, ou lançar candidato próprio”, disse Lúdio.

O vereador apontou que o apoio de Taques e do PDT enriqueceria sua campanha.

“O senador Pedro Taques tem uma atuação muito qualificada no Congresso. Teve uma votação expressiva nas eleições de 2010, e há uma afinidade entre nós, na forma como concebemos a atuação política. Então, uma aliança PT e PDT seria uma novidade muito interessante e positiva para o processo eleitoral e para a cidade”, concluiu o petista.






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