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Terça - 12 de Junho de 2012 às 19:48

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Durante depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à CPI do Cachoeira, nesta terça-feira (12.05), o senador Pedro Taques (PDT-MT) afirmou que, se comprovados, três fatos evidenciam a ligação do governador com o grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira.

Para o mato-grossense, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito deve buscar elucidar os casos da venda da casa de Perillo; do depósito de R$ 45 mil na conta bancária de Bruna Bordoni, filha do jornalista Luiz Carlos Bordoni ; além da relação do governo como ex-vereador de Goiânia (GO), Wladimir Garcez - tido como um dos principais auxiliares do contraventor.

Pedro Taques questionou Marconi Perilo sobre possível utilização da CPI como instrumento de disputa partidária."Governador, o senhor acredita que esta CPI esteja sendo usada como instrumento político, que alguém estaria utilizando a Comissão para fragilizar o seu Governo? Um instrumento de disputa partidária?", indagou Pedro Taques. Ele foi além ao questionar se o governador acredita em vingança decorrente de sua atuação contra o esquema de pagamento de propina denominado Escândalo do Mensalão.

Embora tenha pontuado que grupos políticos tenham interesse em fragilizar sua administração, Perillo afirmou que acredita na seriedade da CPI e seus membros.

Durante o depoimento, o governador de Goiás negou que uma empresa do esquema de Carlinhos Cachoeira tenha pago uma despesa de sua campanha eleitoral de 2010 mediante o depósito de R$ 45 mil na conta bancária de Bruna Bordoni.

"Todas as contas de minha campanha foram legais. Minha campanha pagou a Luiz Carlos Bordoni R$ 33.300,00. Cabe a esse jornalista provar o que está dizendo. Cabe ao acusador o ônus da prova", disse Perillo.

A respeito da venda da casa, ele repassou à CPI cópia dos três cheques nominais usados na operação e os extratos relativos a março, abril e maio, com os depósitos. O governador disse ter sido informado por Garcez que ele repassara o imóvel ao empresário Walter Paulo Santiago. Por este motivo, Perillo enviou um representante para formalizar o negócio. Em contraste com Perillo, à CPI, Santiago afirmou ter pago pelo imóvel em dinheiro.

Ao final da sua intervenção, o senador Pedro Taques questionou sobre a suposta nomeação de 100 pessoas indicadas por Cachoeira ao governo Perillo. O governador negou a informação e aindanegou que soubesse da existência de relação próxima entre o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e o contraventor, que está preso em Brasília.






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