A ex-namorada do jornalista Auro Ida, de 53 anos, assassinado em Cuiabá, mudou a versão do depoimento prestado à Polícia Civil na fase de inquérito e, ao falar em juízo nesta terça-feira (22), não reconheceu o suposto autor dos disparos contra o repórter.
Das 14 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE), apenas quatro compareceram nesta tarde para prestar informações sobre o caso na 12ª Vara Criminal. Na quarta-feira (13) estão previstos os depoimentos de 13 testemunhas de defesa.
A jovem ouvida hoje é uma das principais testemunhas do caso. Em julho do ano passado, no bairro Jardim Fortaleza, ela estava com o namorado no carro dele quando o casal foi abordado por um rapaz de bicicleta, que acertou seis tiros na vítima. Ela afirmou que sofreu pressão de policiais para reconhecer o suspeito preso na época. Segundo informações da polícia, o crime aconteceu por volta de 1h quando o jornalista chegava à residência da namorada dele.
A polícia concluiu que o crime ocorreu por motivação passional. De acordo com o Ministério Público, o homicídio foi encomendado por duas pessoas. Um rapaz de 17 anos e um comerciante que não aceitava o relacionamento que a ex-mulher mantinha com o jornalista. O adolescente responde em liberdade e o comerciante é considerado foragido da Justiça. Auro Ida foi secretário de Comunicação da Prefeitura de Cuiabá e diretor de Comunicação da Câmara de Vereadores da capital.
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