Vuolo não esconde decepção; Pop e Toninho "tomam dores"
Nesta terça (12) retornou Vuolo ao Legislativo, onde fica até 31 de dezembro, quando encerra o seu mandato. Sem citar nomes, mas se referindo ao grupo do ex-secretário de Cultura João Malheiros, ele afirmou que há integrantes atuando de maneira “sorrateira e rasteira” no PR. “Às vezes até acha bonito, mas aquilo que é bonito para muitos não é salutar para o resultado final”, disparou da tribuna.
Vuolo ressaltou, entretanto, que não gosta de discutir questões internas da sigla, mas teve a oportunidade de expressar a opiniões aos colegas de partido, olho no olho. “Tenho compromisso com o partido, dentro desse propósito volto para Câmara”.
O tom diplomático de Vuolo foi quebrado por vereadores que fizeram questão de comentar o assunto. Everton Pop (PSD), por exemplo, afirmou que o colega foi traído pelos companheiros. “Você nem disputar para vereador pode”, reclamou.
Pop também citou como exemplo a rasteira levada pelo colega de partido Alencar Soares. Sem citar nomes, lembrou que um conselheiro do TCE que deixou o Tribunal para disputar eleições e ficou a “ver navios”. Alencar teve que abrir mão da candidatura ao Executivo de Barra do Graças para apoiar Roberto Farias, também do PSD, que reverteu a inelegibilidade no TSE.
O social-democrata, sem conter a indignação e tomando as dores de Vuolo, disse que as reuniões que definiram a pré-candidatura do ex-secretário aconteceram na casa do próprio Malheiros, apontado como responsável pela queda de Vuolo para ser vice de Mauro Mendes (PSB). “Estou me posicionando contra a maneira que está sendo negociado. Quem está no térreo não está opinando”.
O vereador Toninho de Souza (PSD), por sua vez, aproveitou a oportunidade para falar da rasteira também tomada por Dorileo Leal (PMDB), seu patrão. Toninho disparou que na política a palavra tem pouco valor e os inimigos andam junto sem que se perceba. Para ele, a exemplo do que aconteceu com Vuolo, que acreditou em palavras da cúpula, o peemedebista foi traído. “Veio para a política trabalhar para o bem comum. Mas essa política de grupo, de interesses econômicos, tirou Dorileo do processo”.
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