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Segunda - 11 de Junho de 2012 às 22:09
Por: Clarice Navarro Diório

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É o caos! A empreiteira EMP, responsável pela  pavimentação da MT 343, que liga Cáceres a Barra do Bugres, rescindiu o contrato com o Governo e desmontou o seu canteiro de obras. Todos os equipamentos já foram retirados do local. A direção da empresa  não quis pormenorizar os fatos e  se limitou a dizer que a rescisão se deve a falta de repasses financeiros. Não cumprindo o cronograma orçamentário, o Estado causou prejuízo à empreiteira, segundo seus diretores.
 
A rodovia tem 135 quilômetros, dos quais apenas 14 foram asfaltados. Corta mais de duas mil propriedades rurais e é matriz de mais de 1 mil quilômetros de estradas vicinais. Estavam previstos para serem investidos em torno de R$ 1,3 milhão na rodovia, e outros R$ 300 mil para os 295 metros de pontes ao longo da estrada.
 
Preocupado, o presidente da Associação Agropecuarista da Grande Cáceres e Região, Walmir Rutilli Nicole, procurou o Sindicato Rural de Cáceres para expor a situação e pedir ajuda. O Sindicato está elaborando ofício ao governo, solicitando providências.
 
 "O asfalto desta rodovia é um sonho antigo, que pensávamos ter saído do papel, e agora volta tudo à estaca zero", afirmou Walmir, lembrando que se o governo tiver consciência da necessidade desta obra para toda a região, faz uma licitação emergencial, ou convoca o segundo colocado na licitação para prosseguir a obra. "Enquanto o governo contempla outras regiões, vemos a nossa com obras paralisadas. É muito triste, pois é uma rodovia de escoamento de produção, uma rodovia que serve à economia de Mato Grosso".
 
O vice-presidente do Sindicato Rural de Cáceres, Jeremias Pereira Leite, informou que o Sindicato é o legítimo representante da população produtora do município "Temos que considerar que a MT-343 é a estrada que liga o Pantanal Mato-grossense ao Médio Norte, uma artéria fundamental na articulação econômica do Estado. Há mais de dois séculos e meio esta região que envolve o traçado da MT-343-Cáceres, Porto Estrela e Barra do Bugres, tem servido de "joguete" de interesses políticos em detrimento a uma população que ocupa e garantiu a expansão fronteiriça do Brasil” – disse.
 
O ruralista lembrou que há quarenta anos entra governador  e sai governador e as promessas se renovam, mas  não se concretiza. “Vamos, sem dúvida, buscar sensibilizar o Governo do Estado para uma rápida e eficaz solução. Que esta pavimentação seja retomada e concluída, de uma vez por todas, atendendo ao anseio da classe produtora e também de outros usuários"- concluiu ele, referindo-se aos universitários da região que se utilizam da rodovia para chegar aos campi da Universidade do Estado de Mato Grosso.






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