Medidas de estímulo terão efeito "daqui para frente", diz Tombini
As medidas para estimular o crescimento econômico tomadas pelo governo terão seus efeitos na economia nos próximos meses, disse neste sábado o presidente do BC (Banco Central), Alexandre Tombini.
Ele disse estar otimista em relação à expansão do PIB no segundo trimestre. No primeiro, o crescimento foi de apenas 0,2% em relação ao quarto trimestre de 2011.
"As medidas recentes [que o governo vem tomando] vão começar a mostrar resultados daqui para frente", disse Tombini, em entrevista à Reuters durante voo entre Brasília e Porto Alegre.
"Nós vamos soltar nossa projeção, que vai traçar o panorama até o final do ano, no final do mês", disse presidente do BC, referindo-se ao Relatório Trimestral de Inflação.
Ele não quis dizer se acredita ser possível chegar a um crescimento no segundo trimestre de 1%, mas falou que deve ser mais acelerado do que nos primeiros três meses deste ano.
Ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) registrou que a recuperação econômica deve ser "bastante gradual".
QUEDA DOS JUROS
Tombini não quis comentar se a tendência é de continuidade de queda na taxa de juros, mas disse que näo há preocupação neste momento com a inflação.
O presidente da autoridade monetária usou como exemplo a queda na valorização dos títulos públicos com rendimento atrelado à inflação.
A ata da reunião do Copom divulgada nesta sexta abriu caminho para a continuidade na queda, tanto pela piora da crise europeia quanto na avaliação de que a recuperação econômica do Brasil será gradual.
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