Para o torcedor alviverde, só preocupação. Principalmente porque se sobrou vontade, faltou muita qualidade com a bola nos pés. As principais peças não foram notadas em campo e, durante todo o jogo, o goleiro Giovanni trabalhou em apenas dois chutes. Muito pouco para um time que quer brigar por um título ainda neste primeiro semestre. Com mais um tropeço, o Verdão segue na zona de rebaixamento, com apenas um ponto conquistado em quatro rodadas. Caso a Portuguesa vença o Atlético-GO neste domingo, o time de Palestra Itália ficará em último na tabela.
Pelo Nacional, a equipe paulista buscará a reabilitação no próximo domingo, contra o Vasco, novamente no estádio do Pacaembu. O Galo voltará a campo no mesmo dia, contra o São Paulo, no estádio do Pacaembu.
Galo melhor no primeiro tempo
Os dois times entraram em campo com o mesma formação tática: 4-3-21. No Palmeiras, foram três alterações em relação ao jogo contra o Sport: Felipe na vaga de Maikon Leite, Danielo Carvalho no lugar de Valdivia, que foi para o Chile após sofrer um sequestro relâmpago e Thiago Heleno, que ficou com o posto que foi de Leandro Amaro e voltou a disputar um jogo após sete meses. No Galo, Ronaldinho Gaúcho entrou no meio-campo e Cuca apostou na movimentação constante dele, de Danilinho e de Bernard, com Jô funcionando como referência à frente.
O Palmeiras esteve ligeiramente melhor nos primeiros 15 minutos, principalmente porque matinha a posse de bola. Daniel Carvalho e Felipe se movimentavam bastante e buscavam a aproximação com Barcos a todo o instante. No Galo, Ronaldinho Gaúcho que, ao invés de jogar na esquerda como no Flamengo, atuou mais centralizado, era marcado individualmente por Márcio Araújo e Bruno, nesta primeira parte da partida, foi um mero espectador. Aos 17, no único ataque perigoso do Verdão, Luan exigiu boa defesa de Giovanni em chute de fora da área.
![Ronaldinho Gaúcho na partida do Atlético-MG contra o Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com) Ronaldinho Gaúcho na partida do Atlético-MG contra o Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)](http://s2.glbimg.com/i6NRQOmLGlagyU2P1HAus-otIWkoKxtVLZiN7iYKhd7c9RZQHdEZxtvfycUZy--G/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2012/06/09/ronaldinho_atleticomg_rib-10_95.jpg)
Ronaldinho Gaúcho foi muito vigiado pelo meio-campo do Verdão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Com o passar do tempo, o jogo mudou de figura. O Galo passou a ter o controle e, com jogadores mais talentosos e experientes, passou a valorizar a posse de bola. Ronaldinho passou a levar vantagem na marcação e aos 21, o time visitante só não abriu o marcador porque Bernard perdeu gol incrível, cara a cara com Bruno, após passe de Danilinho e falha de Cicinho. Nesse lance, Bruno e Henrique se desentenderam e tiveram de ser separados pelos companheiros. O time mineiro pecava por não jogar pelas pontas. Tanto Marcos Rocha quanto Junior praticamente não aparecem no campo ofensivo.
A torcida palmeirense não via reação e, perto dos 30, começou a reclamar da equipe. Seus meias não eram mais notados em campo e deixavam Barcos isolado na frente. Até o apito para o intervalo, a equipe não esboçou nenhuma reação.
Jô marca, Atlético-MG domina e sai de campo com a vitória
O melhor futebol do Galo transformou-se em superioridade logo no começo da etapa complementar. Aos três minutos, Bernard se livrou como quis de Cicinho e cruzou na cabeça de Jô, que testou longe do alcance de Bruno: 1 x 0 no placar, o que fez o estádio do Pacaembu se transformar em um caldeirão. O Palmeiras, desorganizadamente, subiu seu meio-campo, mas seguia sem criar nada pela falta de qualidade. Felipão tentou dar novo gás, com a entrada de Maikon Leite no lugar de Felipe. Depois, Mazinho entrou na vaga de Luan. Nada melhorou. O time só chegou com perigo em duas faltas cobradas por Marcos Assunção, bem defendidas por Giovanni.
O Galo, ao contrário, ficou com o jogo nas suas mãos. Ronaldinho Gaúcho passou a ter liberdade para jogar e, com lançamentos, iniciava os contra-ataques. Em um deles, Jô marcou, mas a arbitragem anulou corretamente, já que o atacante cometeu falta em Thiago Heleno. No outro lance, aos 17, Bernard perdeu boa chance. Aos 23, Bruno fez brilhante defesa em cabeça de Jô e evitou o segundo gol da equipe mineira. Seis minutos depois, a arbitragem errou. Em cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho, Rafael Marques marcou, mas o tento foi anulado, sob alegação de impedimento, que não aconteceu.
O tempo passava e o Verdão não dava o menor sinal de que algo poderia mudar. Felipão fez sua terceira mudança, sacando Cicinho e improvisando o volante joão Vítor na lateral. No Galo, Cuca tirou Marcos Rocha, que havia tomado o cartão amarelo e colocou Serginho. O Galo seguiu soberano em campo e só não aumentou sua vantagem porque diminuiu seu ritmo de jogo nos minutos finais. O Verdão, sem organização nenhuma, quase empatou aos 39, em cobrança de falta de Assunção, que acertou o travessão de Giovanni. Dois minutos depois, repetição do lance: batida do volante e bola na trave. Foi o último lance de perigo do jogo.
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