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Esportes
Sábado - 09 de Junho de 2012 às 22:03
Por: Marcelo Prado

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Marcos Ribolli / Globoesporte.com
Jô e Ronaldinho comemoram o gol do Galo no segundo tempo
Jô e Ronaldinho comemoram o gol do Galo no segundo tempo
Para o Palmeiras, era o último ensaio antes da primeira semifinal da Copa do Brasil, na quarta-feira, contra o Grêmio. Para o Atlético-MG, além da estreia de Ronaldinho, existia a certeza de que uma vitória valeria a liderança provisória do Campeonato Brasileiro. No jogo realizado na fria noite deste sábado, no estádio do Pacaembu, o R49 não brilhou mas o Galo, bem superior ao seu adversário, venceu com justiça por 1 a 0, foi aos dez pontos na tabela de classificação e mostrou que pode ir longe neste ano.



Para o torcedor alviverde, só preocupação. Principalmente porque se sobrou vontade, faltou muita qualidade com a bola nos pés. As principais peças não foram notadas em campo e, durante todo o jogo, o goleiro Giovanni trabalhou em apenas dois chutes. Muito pouco para um time que quer brigar por um título ainda neste primeiro semestre. Com mais um tropeço, o Verdão segue na zona de rebaixamento, com apenas um ponto conquistado em quatro rodadas. Caso a Portuguesa vença o Atlético-GO neste domingo, o time de Palestra Itália ficará em último na tabela.

Pelo Nacional, a equipe paulista buscará a reabilitação no próximo domingo, contra o Vasco, novamente no estádio do Pacaembu. O Galo voltará a campo no mesmo dia, contra o São Paulo, no estádio do Pacaembu.

Galo melhor no primeiro tempo

Os dois times entraram em campo com o mesma formação tática: 4-3-21. No Palmeiras, foram três alterações em relação ao jogo contra o Sport: Felipe na vaga de Maikon Leite, Danielo Carvalho no lugar de Valdivia, que foi para o Chile após sofrer um sequestro relâmpago e Thiago Heleno, que ficou com o posto que foi de Leandro Amaro e voltou a disputar um jogo após sete meses. No Galo, Ronaldinho Gaúcho entrou no meio-campo e Cuca apostou na movimentação constante dele, de Danilinho e de Bernard, com Jô funcionando como referência à frente.

O Palmeiras esteve ligeiramente melhor nos primeiros 15 minutos, principalmente porque matinha a posse de bola. Daniel Carvalho e Felipe se movimentavam bastante e buscavam a aproximação com Barcos a todo o instante. No Galo, Ronaldinho Gaúcho que, ao invés de jogar na esquerda como no Flamengo, atuou mais centralizado, era marcado individualmente por Márcio Araújo e Bruno, nesta primeira parte da partida, foi um mero espectador. Aos 17, no único ataque perigoso do Verdão, Luan exigiu boa defesa de Giovanni em chute de fora da área.

Ronaldinho Gaúcho na partida do Atlético-MG contra o Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Ronaldinho Gaúcho foi muito vigiado pelo meio-campo do Verdão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)



Com o passar do tempo, o jogo mudou de figura. O Galo passou a ter o controle e, com jogadores mais talentosos e experientes, passou a valorizar a posse de bola. Ronaldinho passou a levar vantagem na marcação e aos 21, o time visitante só não abriu o marcador porque Bernard perdeu gol incrível, cara a cara com Bruno, após passe de Danilinho e falha de Cicinho. Nesse lance, Bruno e Henrique se desentenderam e tiveram de ser separados pelos companheiros. O time mineiro pecava por não jogar pelas pontas. Tanto Marcos Rocha quanto Junior praticamente não aparecem no campo ofensivo.

A torcida palmeirense não via reação e, perto dos 30, começou a reclamar da equipe. Seus meias não eram mais notados em campo e deixavam Barcos isolado na frente. Até o apito para o intervalo, a equipe não esboçou nenhuma reação.

Jô marca, Atlético-MG domina e sai de campo com a vitória

O melhor futebol do Galo transformou-se em superioridade logo no começo da etapa complementar. Aos três minutos, Bernard se livrou como quis de Cicinho e cruzou na cabeça de Jô, que testou longe do alcance de Bruno: 1 x 0 no placar, o que fez o estádio do Pacaembu se transformar em um caldeirão. O Palmeiras, desorganizadamente, subiu seu meio-campo, mas seguia sem criar nada pela falta de qualidade. Felipão tentou dar novo gás, com a entrada de Maikon Leite no lugar de Felipe. Depois, Mazinho entrou na vaga de Luan. Nada melhorou. O time só chegou com perigo em duas faltas cobradas por Marcos Assunção, bem defendidas por Giovanni.

O Galo, ao contrário, ficou com o jogo nas suas mãos. Ronaldinho Gaúcho passou a ter liberdade para jogar e, com lançamentos, iniciava os contra-ataques. Em um deles, Jô marcou, mas a arbitragem anulou corretamente, já que o atacante cometeu falta em Thiago Heleno. No outro lance, aos 17, Bernard perdeu boa chance. Aos 23, Bruno fez brilhante defesa em cabeça de Jô e evitou o segundo gol da equipe mineira. Seis minutos depois, a arbitragem errou. Em cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho, Rafael Marques marcou, mas o tento foi anulado, sob alegação de impedimento, que não aconteceu.

O tempo passava e o Verdão não dava o menor sinal de que algo poderia mudar. Felipão fez sua terceira mudança, sacando Cicinho e improvisando o volante joão Vítor na lateral. No Galo, Cuca tirou Marcos Rocha, que havia tomado o cartão amarelo e colocou Serginho. O Galo seguiu soberano em campo e só não aumentou sua vantagem porque diminuiu seu ritmo de jogo nos minutos finais. O Verdão, sem organização nenhuma, quase empatou aos 39, em cobrança de falta de Assunção, que acertou o travessão de Giovanni. Dois minutos depois, repetição do lance: batida do volante e bola na trave. Foi o último lance de perigo do jogo.






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