Empresário garante que não anunciou a ninguém sua decisão
Mendes minimiza debandada de aliados; "ainda há tempo"

Enquanto o empresário Mauro Mendes (PSB) não anuncia se sairá ou não candidato, as siglas do bloco que deu sustentação à sua candidatura nas últimas eleições correm para os braços de outros pré-candidatos.

O PV sinaliza com apoio ao pré-candidato do PR, Francisco Vuolo; o PDT está negociando com o pré-candidato do PR, Lúdio Cabral; e o PPS está formando um bloco alinhado o DEM, que ainda estuda lançar o ex-prefeito Roberto França.

Mendes, porém, minimiza o racha no movimento Mato Grosso Muito Mais (PV-PDT-PPS-PSB) e a debandada dos antigos aliados. “Ainda tem tempo para muito diálogo. Eu mesmo tenho conversado com muitos partidos”, declarou o empesário ao MidiaNews.

Ele afirmou que, enquanto isso, está focado em viabilizar sua candidatura. “Continuo trabalhando para construir uma candidatura e vencer obstáculos para formar alianças. A definição tem que sair até o final de junho. Ainda é cedo”, disse.

Entre as siglas que Mendes diz ter procurado estão o DEM, PMDB, PT e PR, todas com projeto de lançar candidatura própria.

O empresário confirmou que houve conversas no sentido de que alguns desses partidos indicassem vices, mas não quis entrar em detalhes. “Claro que todos os partidos querem garantir seu espaço. Mas algumas conversas são estratégicas e não vou revelar por respeito a eles”, disse.

Mendes desmentiu, ainda, os rumores de que já teria comunicado o governador Silval Barbosa (PMDB) a respeito de sua candidatura. Segundo o presidente municipal do PDT, o médico Kamil Fares, Silval foi a primeira pessoa a quem Mendes teria confirmado oficialmente que será candidato, o que acirrou os ânimos entre o PDT e o PSB.

“Eu nunca comuniquei a ninguém a minha candidatura. Ainda estou trabalhando para viabilizá-la e somente farei o anúncio da minha decisão na primeira quinzena de junho”, garantiu.

“Estive, sim, reunido com o governador, mas não tratei de eleições”, desconversou.

Sobre a possibilidade de aliança com o PT, ele também desconversou e disse que a executiva nacional é quem está tratando dessa questão em todo o Brasil.