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Cidades/Geral
Sexta - 08 de Junho de 2012 às 07:12
Por: Welington Sabino

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Sem acordo nas negociações por melhores condições de trabalho, verbas indenizatórias atrasadas, redução nos salários devido a extinção da verba indenizatória entre outras reivindicações, médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) decidiram cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira (11). Com a decisão, a população terá o atendimento prejudicado e mais uma vez, assim como ocorreu em 2011, deve procurar atendimento no Pronto-Socorro de Cuiabá e superlotar a unidade. A deliberação pela greve foi tomada em assembleia-geral extraordinária, na noite de segunda-feira (04), no Pronto-Socorro de Várzea Grande, com a presença da diretoria do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed) e de representantes do Ministério Público Estadual (MPE).

Atualmente, conforme a presidente do Sindimed, Elza Queiroz, são cerca de 350 médicos que atendem pelo SUS no Pronto-Socorro, policlínicas e Postos de Saúde da Família (PSFs). Em todos essas unidades existem servidores insatisfeitos, devido o descumprimento de acordo com firmado pela Secretaria Municipal de Saúde com a categoria em 2011. Os servidores decidiram cruzar os braços devido os constantes descumprimentos dos prazos solicitados pela Secretaria Municipal de Saúde para realizar levantamentos e tentar solucionar os problemas. Conforme a médica Elza Queiroz, já o prazo vem sendo postergado há 7 meses e na prática pouca coisa mudou.

Ao decidirem pela greve que já foi comunicada à Secretaria Municipal de Saúde, os médicos já marcaram juntamente com o Sindimed, um ato para ocorrer às 8h de segunda-feira em frente ao Pronto-Socorro para marcar o início da paralisação. O prazo legal de 72h também será respeitado. Outro fator analisado pela categoria foi o feriado da próxima quinta-feira (07) que se estende pelo final de semana e assim aumenta a demanda nos atendimentos de urgência e emergência.

“Mesmo em greve, os médicos sempre mantém os serviços de urgência e emergência, além de 30% do atendimento em todas as unidades. Uma greve prejudica todo o atendimento e a população”, explica a sindicalista, ao reconhecer que essa não era vontade do Sindimed.

Do acordo coletivo feito pelo Sindimed e a refeitura de Várzea Grande em 14 de abril de 2011 os itens ainda não cumpridos são: pagamento de 1/3 de férias que nunca foi pago, verbas indenizatórias de novembro e dezembro 2010 que foram pagas somente aos médicos da fusvag, verbas de janeiro e fevereiro de 2011 que não foram pagas, diferença de piso salarial de R$ 300 por mes em atraso desde setembro de 2010 a abril de 2011 totalizando 8 meses de atraso, contratos temporário devem ser analisados pelo Sindimed antes de serem formalizados, o que não está acontecendo e melhorias das condições de trabalho.

Outro lado

 Em nota a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que as negociações que já vinha ocorrendo estão mantidas e que o secretário Marcos José da Silva sempre esteve aberto para negociar com a categoria.






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