Babá da família de executivo da Yoki será ouvida pela polícia
Segundo Carrasco, a babá chegou ao apartamento depois do disparo. Ela estaria no local apenas quando o executivo foi esquartejado, dez horas depois. Em seu depoimento, a babá disse não ter ouvido nada, pois o apartamento, um triplex, "é enorme", de acordo com o delegado. Os vizinhos também não escutaram o tiro, pois as janelas possuem sistema antirruído, disse Carrasco.
Durante a tarde, ao ler a notícia na internet, a babá passou mal e teve que ser socorrida pela emergência. Segundo o advogado da família, Luiz Flávio Borges D"Urso, ela teve um impacto emocional muito grande.
O delegado disse estar convencido de que o crime foi realizado somente por Elize. Ele afirmou que a mulher do empresário depôs com muita naturalidade, chorou às vezes, mas foi convincente. "Não tenho dúvida da autoria e da motivação do crime. Pelo depoimento ela realmente agiu sozinha e nós acreditamos nisso. Porém vamos ouvir as babás", declarou o delegado, que não crê em premeditação para o crime.
Elize disse no depoimento que estava discutindo com o marido antes de lhe acertar um tiro na têmpora, por volta das 20h. Após ser ouvida, ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. A DHPP pediu a prisão temporária de Elize Matsunaga por mais 15 dias. Ela foi encaminhada para a cadeia de Itapevi e será indiciada por homicídio qualificado.
Enquanto a babá estava sendo ouvida, a polícia realizou uma nova perícia no apartamento. Não há data, porém, para a reconstituição do crime.
Empresário é esquartejado
Executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em várias regiões da Grande São Paulo. Segundo a investigação, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Ela e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.
De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem. Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.
Em depoimento dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.
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