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Cidades/Geral
Sexta - 08 de Novembro de 2013 às 07:28
Por: GUSTAVO NASCIMENTO e JOANICE D

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Autoescolas, instrutores, despachantes e servidores, que não aderiram à paralisação, farão um protesto hoje pelo fim da greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). 
 
Os manifestantes querem que a decisão judicial, que determinou o fim do movimento, na última quarta-feira (5), seja cumprida e as atividades restabelecidas em todo o estado. 
 
De acordo com o presidente do Sindicato do Centro de Formação de Condutores de Mato Grosso, Djalma Nogueira, membros das 56 autoescolas de Cuiabá e Várzea Grande prometeram levar mais de 150 automóveis para a sede do Detran, na Capital. 
 
Ele afirmou que a greve, que já dura há 18 dias, tem causado muito prejuízo, tanto para a população quanto para as empresas. “Despachantes, médicos, instrutores e até servidores, que não acreditam na greve, estão sendo prejudicados. Os funcionários do órgão podem até mesmo ficar sem os salários, já que a greve é ilegal”. 
 
Para o presidente a paralisação pode, inclusive, por em risco o 13º salário dos profissionais. “Nem os 30% do efetivo mínimo eles (os servidores) têm cumprido. Os instrutores estão sem trabalhar há, praticamente, 20 dias, pois os alunos têm desmarcado as aulas por conta da greve. Tivemos uma redução de mais de 70% no número de matriculas.” 
 
Conforme Djalma, a manifestação de hoje já havia sido marcada pelo sindicato, porém a decisão que tornou a greve ilegal fez com que a mobilização ganhasse mais peso. 
 
Na última quarta-feira, a desembargadora Serly Marcondes Alves acatou o pedido de antecipação de tutela do governo e decretou a greve dos servidores públicos Detran como ilegal. Ela determinou que a categoria retornasse ao trabalho imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 100 mil para o Sindicato dos Servidores do Detran-MT (Sinetran-MT). 
 
Em sua decisão a desembargadora afirmou que parte das reivindicações já foi atendida pelo governo e que a paralisação tem causado muitos prejuízos a população. “O direito de greve se esgota, e passa a se tornar abuso, a partir do exato momento em que, apesar da insistência do requerido, nenhuma das reivindicações dependa mais tão só dos requerentes. O perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, agora, também se mostra cristalino. Afinal, são evidentes os prejuízos que a cessação coletiva de trabalho causa não apenas à administração, mas principalmente à população”. 
 
Apesar a decisão do TJ, os servidores vão continuar com os braços cruzados. Para tentar reverter, o Sinetran vai recorrer da determinação. 
 
Presidente do Sinetran, Veneranda Acosta considerou o despacho normal. "Quando entramos em um movimento grevista pode haver decisões como esta", disse. Segundo ela, os servidores já haviam decido na última assembléia geral na sexta-feira passada de que caso houvesse uma determinação neste sentido a greve seria mantida. Até ontem pela manhã, o Sinetran ainda não havia sido notificado. 
 





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