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Internacional
Terça - 05 de Junho de 2012 às 18:01

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AFP
Ofensiva americana matou ao menos 15 em região tribal paquistanesa; moradores dizem que terrorista pode estar morto
Ofensiva americana matou ao menos 15 em região tribal paquistanesa; moradores dizem que terrorista pode estar morto

A Casa Branca confirmou nesta terça-feira a morte de Abu Yahla al-Libi, número dois da rede terrorista al-Qaeda, em um ataque com um avião não tripulado, no Paquistão. A morte é “um golpe importante” ao grupo terrorista. “Nós temos a confirmação da sua morte. Não há um sucessor claro para assumir as responsabilidades dele”, disse Jay Carney, porta-voz da Casa Branca.

Mais cedo, uma autoridade americana confirmou a morte do número dois da rede terrorista al-Qaeda. O governo paquistanês condenou a ação em seu território, chamando-a de ilegal. A morte de Libi é considerada o maior golpe na organização desde a morte de Osama bin Laden, em maio do ano passado e sua confirmação só veio à tarde, após muita especulação.

Segundo a fonte, que não quis se identificar, não há substitutos no nível de Libi dentro da al-Qaeda. O número dois seria o último dos grandes chefes eliminados na guerra clandestina entre EUA e a rede terrorista, desde a morte de Bin Laden.

De acordo com o governo paquistanês, dois mísseis atingiram o pequeno vilarejo de Hassu Khel, no Waziristão do Norte, na segunda-feira, matando 15 pessoas, ao fim de três dias de bombardeios. É o ataque mais sangrento na região tribal desde novembro do ano passado. Algumas testemunhas a princípio diziam que o ataque havia deixado o terrorista gravemente ferido, enquanto outras já falavam em sua morte. Um morador contou que Libi havia chegado ao vilarejo para se recuperar de leves ferimentos que teria sofrido em um outro ataque de avião não tripulado, no último dia 28 de maio.

Reforçando os indícios de que o número dois da al-Qaeda teria morrido, autoridades do serviço secreto paquistanês interceptaram conversas telefônicas sobre a morte de de “um xeque”. Libi era um clérigo líbio com licenciatura em Química que ganhou força dentro da al-Qaeda depois de fugir da prisão no Afeganistão, em 2006. Mas um comandante extremista do Waziristão do Norte intimamente associado a combatentes estrangeiros, no entanto, negou a morte do número dois da al-Qaeda nesta manhã:

— Ele não foi morto. Esta não é a primeira vez que reivindicações foram feitas sobre sua morte. Os americanos estão sofrendo pesadas perdas no Afeganistão e recorreram a fazer falsas reivindicações.

Pode levar meses para ter provas concretas se os ataques aéreos mataram o líder militante islâmico, porque a área do ataque é muitas vezes isolada pelos talibãs no noroeste do Paquistão. E enterros são rápidos justamente para esconder as baixas e suas identidades.






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