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Polícia Brasil
Terça - 05 de Junho de 2012 às 16:43

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Mauricio Camargo/Futura Press
O executivo da Yoki foi enterrado na tarde desta terça-feira
O executivo da Yoki foi enterrado na tarde desta terça-feira
Elise Matsunaga, a mulher do executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, que foi presa temporariamente pela morte do empresário, era uma exímia atiradora, afirmou na tarde desta terça-feira o delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). "Ela era uma exímia atiradora. Os dois faziam cursos de tiro e ele era colecionador. Isso é um indício importantíssimo. E ela também é destra, e o tiro na cabeça do empresário foi dado à queima-roupa pelo lado esquerdo. Esses indícios geraram a prisão temporária", disse Carrasco.

De acordo com a polícia, Elise doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo pouco antes de ser presa, na noite de ontem. Uma das armas tinha calibre 765, o mesmo do tiro que matou o empresário, que era executivo chefe da Yoki, indústria de alimentos. Segundo o delegado, a suspeita ainda não teve seu depoimento colhido. "Ela ainda não foi ouvida e não será ouvida hoje, pois tenho que concluir vários itens da investigação para que, depois, eu possa fazer o fechamento com o interrogatório dela", afirmou Carrasco.

O empresário foi considerado desaparecido no dia 20 de maio. Partes do corpo foram encontradas em várias regiões da Grande São Paulo no dia 27. Na noite de ontem, a polícia fez diligências no apartamento do casal, na zona oeste da capital, onde utilizou luminol, um reagente químico, para localizar manchas de sangue. No local, foram encontrados sacos da mesma cor daqueles que foram utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo.

"As partes (do corpo) foram embaladas em sacos plásticos de característica não muito comum, com filete vermelho. No apartamento, foram encontrados sacos iguais", disse o delegado Mauro Dias, responsável pela investigação. Segundo ele, todas as facas do apartamento passaram por perícia, já que há a possibilidade de o empresário ter sido esquartejado ainda no local.

De acordo com o diretor do DHPP, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. "O que pudemos observar foi a saída da esposa com as malas e o retorno dela sem as malas no dia 20, domingo. É outro indício forte. Estamos fazendo o cruzamento de informações" disse. Conforme Carrasco, Elise nega ter matado o marido. "Informalmente, ela nega. Ela diz que teria saído com as malas porque iria para o Paraná, mas se arrependeu e voltou. Mas voltou sem as malas? É uma indagação que precisamos investigar".

"Tudo indica ser um crime passional", afirmou o diretor do DHPP. "Estamos trabalhando para terminar o inquérito o mais rápido possível. Vamos fazer balística com o projétil encontrado no corpo (do executivo). O carro dela já foi periciado", disse. A polícia informou que a vítima tinha um seguro de vida no valor de R$ 600 mil, do qual a mulher e as duas filhas dele - uma de outro casamento - eram as beneficiárias. Carrasco, porém, rejeita, a princípio, motivações econômicas para o crime.

O delegado Mauro Dias negou que a família tivesse escolta particular feita por policiais militares. Segundo ele, a polícia não descarta a participação de mais de uma pessoa no crime. Dias informou ainda que em momento algum foi levado em conta que o executivo da Yoki tivesse inimigos. "Há indícios de traição. Baseados em fatos reais", disse o delegado, que preferiu não dar mais detalhes.





Fonte: Terra

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