Taques entra com representação para que Ministério Público ouça Pagot
O senador Pedro Taques (PDT-MT) protocolou ontem (4.6) uma representação pedindo que o Ministério Público Federal (MPF) ouça o ex-diretor geral do Departamento Nacional de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, a respeito das declarações feitas pelo próprio Pagot de que ele possui "informações relevantes” sobre o Caso Cachoeira. De acordo com o senador, Luiz Antonio Pagot tem manifestado seu interesse em depor à CPMI e às autoridades competentes, afirmando que possui informações relevantes.
"Não é crível ou razoável que um cidadão há mais de um mês venha dizer que possui fatos graves a revelar em favor da nação e ninguém queira ouvir este cidadão. Todos nós estamos desejosos de ouvi-lo”, disse Taques.
Conforme cita Pedro Taques em sua representação, as investigações realizadas pela Polícia Federal e os trabalhos da CPMI no Congresso Nacional revelaram que havia uma profunda conexão entre as obras tocadas pelo Dnit, a Construtora Delta e o grupo de Carlinhos Cachoeira. Ele pontua que somente do Dnit foram efetuados pagamentos da ordem de R$ 2,75 bilhões à Delta entre 2009 e 2011.
Segundo entrevista que concedeu à Revista Época no mês de abril deste ano, Pagot afirmou que Cachoeira atuava associado ao Diretor da Delta – Cláudio Abreu – na prospecção de negócios em todo o território nacional, atuando, inclusive, dentro do Dnit. Em outra passagem, ele afirmou que algumas de suas exigências desagradaram à Delta.
Na representação, Pedro Taques também citou a entrevista concedida à revistaIstoé, na qual Luiz Antônio Pagot denuncia a formação de caixa dois em favor do PT e do PSDB.
"Diante do exposto, considerando que os fatos acima narrados caracterizam, em tese, a prática de inúmeros crimes contra o patrimônio público da União, além de outros delitos, requer-se ao Ministério Público Federal no Distrito Federal que sejam tomadas todas as providências cabíveis, de índole investigatória e judicial, no sentido de que todos os envolvidos sejam punidos, na medida da sua culpabilidade, começando pela oitiva do Sr. Luiz Antonio Pagot”, finaliza Taques
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