Acuado, Vuolo avisa que não desiste; Malheiros na reserva
Eles queriam saber se o secretário estadual de Logística Intermodal de Transporte está levando a sério o projeto de candidatura a prefeito ou se a inserção do seu nome é uma estratégia para se tornar vice de algum outro nome. Reclamaram também da falta de articulação de Vuolo e do fato de estarem sendo ignorados, ou sejam, sem respaldo político.
Em meio à "lavagem de roupa suja", Vuolo se comprometeu a lutar para viabilizar a candidatura e assumiu compromisso de "ou ser cabeça de chapa ou não concorrer às eleições". A reunião foi conduzida pelo presidente municipal, ex-vereador Helny de Paula, presidente do MTGás. Poucos saíram em defesa de Vuolo. O vereador Chico 2000, que apoiou João Malheiros em 2010, disparou a metralhadora verbal contra o deputado estadual e secretário de Cultura e que está disposto a entrar no páreo para a disputa interna com Vuolo. Criticou a postura de Malheiros, para quem está procurando rachar o PR ao admitir que pode disputar a prefeitura. A bronca de Chico 2000 tem explicações. É que Malheiros lançou o filho Justinho Malheiros como pré-candidato à cadeira na Câmara Municipal, se tornando concorrente direto do já vereador e que buscará a reeleição.
Para amenizar a crise, Vuolo mostrou habilidade. Alegou que não teve tempo hábil para se dedicar ao apoio aos pretensos candidatos proporcionais porque estava concentrado nas ações da secretaria, especialmente sobre o projeto da ferrovia, mas que, a partir de agora, vai se articular, inclusive na busca por partidos para fechar coligação. Avisou que ou será candidato a prefeito ou estará completamente fora da disputa eleitoral em Cuiabá neste ano.
Os pré-candidatos instigaram Vuolo a "jogar a toalha", mas este se mostrou resistente, mesmo na condição de "lanterna" nas pesquisas de intenção de voto, atrás de nomes como do tucano Guilherme Maluf, do petista Lúdio Cabral e dos empresários Dorileo Leal (PMDB) e Mauro Mendes (PSB). A reunião foi encerrada mediante um acordo. Caso Vuolo não viabilize projeto majoritário, a decisão sobre alianças ou até acerca de lançamento de um outro nome ficará com a executiva. Estavam presentes os cerca de 15 dos 28 pré-candidatos proporcionais, Luiz Fernando Caldart, assessor do senador Blairo Maggi, Helny, os dois vereadores do partido na Capital, Chico 2000 e Misael Galvão, e o próprio Helny.
O PR segue sem rumo em Cuiabá. Ao mesmo tempo que tem Vuolo como virtual candidato ao Palácio Alencastro, Malheiros continua disposto a entrar no páreo, já com apoio da família e de parte da cúpula regional, com quem pretende se reunir nesta terça. Antes, quer ter uma conversa com o governador Silval Barbosa (PMDB), já que, em caso de candidatura, precisará se desincompatibilizar do cargo de secretário até esta quarta (6).
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