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Politica MT
Segunda - 04 de Junho de 2012 às 21:35

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Em discurso proferido nesta segunda-feira (04.06), o senador Pedro Taques (PDT-MT) fez um apelo ao presidente do Senado, José Sarney, para que coloque em votação, sem demora, a proposta de emenda à Constituição que torna o voto no Senado aberto. Ele adiantou ainda que na sessão de votação secreta do processo de cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido), irá declarar seu voto abertamente.

"Este é o Senado da República, não é o Senado do segredo, do sigilo, da reserva. E um dos princípios que decorrem da República é justamente esse, a publicidade dos nossos atos. O eleitor tem o direito de saber como votou o seu mandatário”, afirmou.

Pedro Taques denunciou um movimento que estaria em curso na Casa para esvaziar a votação do processo de Demóstenes. São necessários 41 votos para determinar a perda do mandato. Na opinião do senador, não se pode aceitar a justificativa da pressão para que os senadores ajam de tal maneira.

Para tentar impedir tal movimentação, Pedro Taques lembrou que um grupo de parlamentares iniciou um movimento para pressionar pela votação aberta, em nome da transparência. Ele disse ainda que a Casa precisa se impor, de maneira republicana, neste momento de afirmação de princípios.

O parlamentar mencionou o impeachment de Fernando Collor, em 1992, quando a Câmara autorizou e o Senado condenou o então presidente da República por crime de responsabilidade, sempre com o voto aberto. Taques acrescentou que os julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) também são públicos.

"Cada parlamentar terá que assumir a sua responsabilidade, primeiro perante os eleitores que os mandaram, depois para com a Nação e sua própria consciência. Não há que se falar que senador da República está sendo pressionado. Quem não aguentar pressão, não venha ao Senado, fique dentro de sua casa assistindo TV, é bom que aqui não esteja”, analisou.

Em aparte, o senador foi apoiado por Alvaro Dias (PSDB-PR), que sugeriu inclusive propor comunicar ao presidente do Senado a recusa em se votar qualquer matéria até a deliberação das propostas de emenda à Constituição sobre o voto secreto: PEC 50/2006, PEC 38/2004 e da 86/2007. Pedro Simon (PMDB-RS) também apoiou o discurso e afirmou não haver razão para os senadores se esconderem atrás do voto secreto.

Senador quer convocação de radialista possivelmente ligado a Cachoeira e Perillo

O senador Pedro Taques formalizou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agente públicos e privados, um requerimento para a convocação do radialista goiano Luiz Carlos Bordoni.

O pedido foi protocolado na sexta-feira (01.06) e a intenção do senador é ouvir explicações do radialista que afirmou à imprensa ter recebido dinheiro da Alberto & Pantoja Construções para prestar serviço à campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás, em 2010. Protocolado o requerimento, cabe à presidência da CPMI decidir quando irá colocá-lo para apreciação.

Segundo a Polícia Federal, a Pantoja é uma empresa de fachada de Cachoeira para lavar dinheiro da empreiteira Delta. De acordo com Pedro Taques, parte do pagamento, no valor de R$ 45 mil, foi feito em um depósito na conta da filha do radialista, Bruna Bordoni, que já trabalhou no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).






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